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O conhecimento antes de assumir 29/03/2024

Durante sua existência, o Dr. Cezar Muliterno traçou um caminho diamantino de ações de inolvidável lembrança na sociedade vermelhense. Soube-se, mais tarde, que deixou um legado de crônicas e artigos inéditos sobre os mais variados assuntos, muitos resgatados do fundo de gavetas de velhas escrivaninhas ou entremeados entre livros da robusta biblioteca. Em sua maioria foram escritas em momento de devaneio, imaginação, pensamentos, de forma simples e inteligente. Verdadeiras relíquias que o primo Cezico, filho primogênito, me privilegia.
Uma delas é muito apropriada para o momento político que mais uma vez toma conta do país: as eleições municipais, cujos alaridos políticos já são bem claros. Veja:
“Quem pretende um cargo majoritário, presidente, governador ou prefeito, deveria antes conhecer o que lhe espera, para evitar, depois de eleito, de por culpa no seu antecessor, na falta de verba para fazer o que pretendia. São argumentos manjados, surrados, sem justificativa, que não tiram a responsabilidade de quem assume cargos políticos. Quem assume o governo deve estar preparado para exercê-lo, isto é, capacitado para enfrentar os problemas, sejam eles de ordem econômica, política ou administrativa.
Justificar por inapetência um governo sem realizações é o mesmo que casar sem conhecer a noiva. É preciso conhecer antes de assumir. Daí porque sempre defendemos a tese de que o político, futuro administrador, legislador, deve passar antes por uma formação, um curso de orientação, de esclarecimento, de informação, de aprendizado, de como exercer um cargo público.
O que assistimos de nossos eleitos, com poucas exceções, é que não esperavam encontrar o que encontraram, e que por isso ficaram impedidos de realizar o que desejavam. Ninguém assume o que não conhece, sob pena de fracassar. Por isso mesmo esses argumentos surrados, que jamais esperam encontrar o que encontraram, estão impedidos de realizar o que desejavam, não serve de justificativa para explicar as más administrações.
Uma cadeira de administração pública está faltando em nossas universidades. O conhecimento antes de assumir”.
 
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FIM DE SEMANA ESPECIAL - É Páscoa de novo. Como todo mundo sabe, Páscoa significa passagem, e designa a festa celebrada em recordação da saída do Egito. Por motivos de coincidência, mais tarde serviu para designar a festa cristã da ressurreição de Jesus Cristo. Quanto ao coelho e aos ovos de chocolate, trata-se de uma criação humana desde o tempo dos Persas, mas ganhou força a partir do século XVII. Certo é que se trata do maior feriado religioso, logo, é dever daquele que crê em Cristo empenhar-se e valorizar essa data para que seja cada vez mais vivificada. E não esqueça: sem estar ligado a Deus jamais entenderá o propósito para o qual nasceu.
 
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MAIS MORTES - Por dengue no estado. É o que anunciam manchetes dos jornais de hoje (26.03), quando fecho esta coluna, dando conta de mais mortes e mais cidades decretando emergência. Por aqui normalidade, o serviço de vigilância é atuante, porém, a fiscalização sobre os terrenos baldios é pífia. Aí mora o perigo. Recado dado é a vez do abraço, que hoje vai para Caseiros: Doceria Fabi Zílio, nova sensação da cidade, Lotérica Baú de Ouro, e especialmente para a assídua leitora Morgana Bonatto, que exerce sua atividade na Polícia Militar de São Paulo. É gente que lê a Folha. 

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