COLUNISTAS

Durante visita de alguns parentes no final de semana concluímos que a vida tem que ser feliz e depende apenas de cada um. É preciso superar os problemas existentes, reunir as forças e transpor os obstáculos. Entretanto, face aos desequilíbrios sociais e emocionais, é comum nos dias em que vivemos, encontrar desiludidos da vida.

Nesse caso, existem alguns requisitos que devem ser preenchidos pela criatura humana, para que a vida tenha sentido. Cabe a cada um montar um projeto de vida bem fundamentado, porque quem não constrói não pode esperar retorno, essa que é a verdade. Somos como uma empresa que só vai progredir se for bem administrada. 

Tratando desse tema lembro alguns subsídios repassados por amigos, que merecem uma boa reflexão. Todos muito interessantes, mas o que veio sob o título Aspiração x Aptidão impressionou mais, especialmente por ter por fundo a motivação, combustível essencial na atividade humana.

Fala que uma das maneiras de medir a felicidade de um povo ou mesmo de uma pessoa, é analisar duas linhas: a linha de aspiração (aquilo que deseja, quer) e a linha de aptidão (aquilo que ele pode ter ou ser). Quando mais separadas as linhas, maior a insatisfação ou a felicidade.

A Argentina atual é um exemplo típico. A infelicidade do povo argentino se dá porque o nível de aspiração (o que o povo quer, deseja, aspira) está muito acima do nível de aptidão (o que a economia pode oferecer). É preciso enfrentar a realidade, baixando o nível de aspiração e trabalhar duro para subir o nível de aptidão.

Também ocorre com as pessoas, quando o nosso nível de aspiração estiver muito acima do nosso nível de aptidão teremos profunda sensação de infelicidade. Quanto mais nossas aspirações estiverem ‘coladas’ com nossas aptidões, maior será a sensação de infelicidade.

É certo que devemos sonhar, aspirar, desejar, mas é necessário guardar boa dose de consciência da realidade. Para tanto, é oportuno verificar como está a sua linha de aspiração em relação à sua linha de aptidão. Quem sabe não estaremos aspirando muito além do que realmente podemos ser ou ter? Está aí bom assunto para refletir.

 

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HISTORINHA - Faz tempo, mas aconteceu. Em movimentado cruzamento da cidade, o vento da quarta-                         feira repentinamente arrancou o chapéu da cabeça de um velhinho que tentava seguir seu caminho, amparado em uma muleta. De dentro de um carro saltou um menino, também repentinamente, e saiu em busca do velho chapéu de palha que teimava em rolar pela sarjeta. Com agilidade, o menino colocou amavelmente o chapéu na cabeça do septuagenário cidadão. Um sorriso manso foi o agradecimento daquela simples criatura. Foi um momento sublime naquela quarta-feira de vento forte. Tomara que aquele menino, na época com 14 anos e algumas espinhas apontando no rosto juvenil, hoje homem feito, continue praticando gestos como aquele. O mundo necessita de pessoas abnegadas. 

 

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O EL NIÑO - Passou a ser o rei do clima no mundo. Notícias dão conta de onda de calor extraordinária no hemisfério norte e segundo entendidos, nosso verão também será abrasador. Dizem que temos culpa desse destempero do clima, tanto que José Saramago antes de morrer sentenciou: “Estamos destruindo o planeta e o egoísmo de cada geração não se preocupa em perguntar como é que vão viver os que virão depois”. No final um abraço aos amigos Nei Rosa e “Paulle” Ranghetti. É gente que lê a Folha.