COLUNISTAS

A solução é votar bem 19/04/2024

A grande verdade é que este nosso Brasil deve ser analisado, discutido, e com urgência passar por mudanças significativas. Ficando no ar as seguintes perguntas: Quais mudanças devem acontecer? Qual seria a finalidade destas mudanças?
Pois bem, o certo seria mudar a ordem das perguntas acima enunciadas e começar a dissecar em primeiro lugar, a que está colocada em segunda posição; “Qual seria a finalidade destas mudanças?
A finalidade é fácil de ser explicada e entendida, ela está explícita no artigo da nossa constituição que diz “todos são iguais perante a lei”, e é notório e comum a não observação e o descumprimento do referido artigo, a mudança assim, seria obedecer, cumprir o que está escrito na lei maior.
A falta de observação e o descumprimento ao que dita o referido artigo tem conseguido transformar a nossa pátria em um local aonde tem preponderado a lei do mais forte, a quem pode mais chora menos, tudo isto indo totalmente contra a ideia e os princípios de uma democracia.
Instalou-se aqui neste país dos brasileiros o temor de que estas mudanças não ocorram com brevidade, e o caos já instalado alcance uma amplitude tão grande, que o diálogo e a procura da solução ocorra de forma traumática e com violência, o que é próprio e tem ocorrido em várias partes do mundo.
Diante da evidência de episódios gravíssimos de corrupção envolvendo inúmeros segmentos da população, além de estar disseminado no seio da política de todos os níveis como governantes federais, estaduais e municipais, de todos os poderes constituídos a falta de ética, moral e principalmente a honestidade. O envolvimento é um fato para lá de aceitável e beira ao descontrole, e é mostrado de forma clara pelo noticiário diário de todas as formas de contravenções e escândalos como obras superfaturadas, desvio de verbas públicas, e outras tantas deformações de condutas.
Assim a imagem do parlamento, e em particular toda a classe política encontra-se desgastada e desacreditada, e por mais que se tenha consciência de que a generalização não é só mentirosa, mas acima de tudo injusta, devemos acreditar que existem graves distorções com sérios prejuízos para a população.
Nossa prática política tem uma história de apropriação pelo privado de bens do que é público, fato que tem sido denunciado ao longo dos séculos, mas que atualmente tem tornado-se mais visível em razão do aperfeiçoamento dos métodos de fiscalização. Chama-se clientelismo, o uso da máquina pública, o que é também conhecido pejorativamente como “toma lá, dá cá”, ou negociações com emendas parlamentares, propina aberta ou dissimulada e o famoso nepotismo.
Em todas estas distorções o que transparece é a desvalorização do que é público, e a sua indevida desvalorização em benefício do privado. Os mecanismos desenvolvidos para a elevação dos delitos, na maioria das vezes são primitivos e escancarados, revelando um grande nível de audácia dos corruptores e uma crença maior ainda na impunidade.
A denúncia destes delitos está acontecendo, e tomara que o povo através da pressão, e uma ação técnica e justa da fiscalização e da justiça, aconteçam fatos moralizadores e os corruptos e seus corruptores sejam devidamente julgados, condenados, e cumpram as penas impostas, bem como seja cumprida a ordem de devolução dos bens surrupiados.
O papel do cidadão não se esgota com a participação efetiva na política, acompanhando a atuação dos eleitos em um controle que a sociedade consciente pode e deve exercer, mas continua com o uso do voto como arma para banir da política os incompetentes e principalmente os corruptos.
É muito cômodo para nós eleitores julgar os políticos, taxá-los de corruptos, de aproveitadores, que que somente lembram do povo nas épocas das companhas eleitorais. É bom lembrar que são os votos de cada um de nós que elegem, e desta forma se elegemos maus políticos, todos nós eleitores temos responsabilidade e culpa pelo processo instalado.
É primordial a valorização do voto, escolha com critérios, tenha como exemplo a forma como são feitas as contratações nas empresas privadas, exame acurado do currículo, onde é mostrado o presente, passado e a qualificação do candidato.

Outras colunas deste Autor