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Justiça - paz - igualdade 12/04/2024

Mudanças devem acontecer, perdoem-se aqueles que não concordarem com esta afirmativa, mas eu penso e acredito que um grande número de brasileiros pensam como eu. A política partidária neste nosso Brasil de hoje tornou-se uma “balburdia” e na maioria das vezes a arte de enganar.
Os partidos políticos, quase que na totalidade desintegraram-se, fugiram, desviaram-se dos princípios para os quais foram criados, e tornaram-se verdadeiras agências de negócios aonde a manutenção do “poder” tem sido o único foco e para tal efetivam-se as mais espúrias coligações, juntam-se “alhos com bugalhos”, praticamente foram-se as antigas esquerda, centro e direita, e o que tem importado é vencer eleições.
O pobre eleitor, ou seja o povo, sente-se desorientado, pois aprenderam desde a mais tenra idade, que os partidos políticos devem ser os pilares da democracia, e assim é permitido pensar e ter receio de que esta situação está “por um fio”, faltando somente um líder incontestável e com apoio para que aconteça um retorno a uma famigerada ditadura.
Continuando com o tema política, e voltando nossos olhos para os atores participantes desta peça teatral, fica fácil separar o “joio do trigo” e a impressão ou a certeza que fica é que existe muito mais joio do que trigo, aquele trigo que fornece o pão. 
Não faz muito tempo foi noticiado pela imprensa mundial, que no Japão um ministro, pelo fato de ser simplesmente suspeito de ter participado de um ato de corrupção, antes mesmo de ser julgado, praticou o suicídio.
Partindo deste fato instala-se o medo, que este exemplo de vergonha do irmão japonês seja imitado aqui no nosso Brasil. Se isto ocorrer fatalmente vai ser um caos, pois faltará vagas nos cemitérios, e os fornos de cremação existentes serão insuficientes. As casas funerárias ficarão mais lotadas do que as lotéricas em tempo de crise. Os caixões para enterrar os mortos serão artigos de luxo, disputados a soco pois fatalmente estarão em falta no mercado, e a sua importação desenfreada poderá até provocar um desequilíbrio na balança comercial.
Conjunturas vamos deixá-las de lado, e vamos tratar dos fatos, partindo para falar do maior líder da atualidade brasileira, o senhor Lula da Silva. Foi um retirante do sertão nordestino, pobre e desamparado, chega em São Paulo com seus pais e irmãos a procura de oportunidades e dias melhores.
Sua história todos nós conhecemos, tornou-se com o passar do tempo metalúrgico, líder sindical, e após muita luta elegeu-se deputado federal e após muita disputa conseguiu chegar ao maior cargo da República, assumindo a presidência.
Empunhando a bandeira do seu partido político, cujo mantra era a honestidade e o combate ferrenho aos desmandos como a corrupção e os apadrinhamentos de pessoas sem moral ou ética, enfim esta foi a sua proposta enquanto oposição e depois como candidato eleito.
A promessa era dar um fim na mesmice e na forma de governar a qual já estava consagrada e existia desde os tempos dos reis e rainhas.
Deu no que deu, apesar dos méritos reconhecidos no primeiro mandato, reelegeu-se e no segundo caiu na vala comum. Hoje novamente volta a presidência da República, após ser “descondenado” pela justiça brasileira.
No passado lembramos do deputado Tenório Cavalcante, “o homem da capa preta” e sua inseparável metralhadora que carinhosamente a chamava de “Lurdinha” e o seu grande “mérito” era gabar-se de matar seus desafetos, e assim de morte em morte, reelegeu- se várias vezes e o pior, nunca foi condenado e preso. Tivemos também Ademar de Barros, o homem que seu bordão preferido e usado em suas campanhas eleitorais era “rouba mas faz”.
Nos dias atuais, discutimos e ouvimos sobre políticos famosos, mas que suas atuações nos mais variados cargos públicos não tem sido de méritos e muito pelo contrário, até desastrosas e eivadas de dúvidas e acusações de apoio à corrupção, as quais estão sob julgamento pela nossa morosa justiça.
Parecendo até que o remédio para combater este mal chamado corrupção a qual parece estar impregnada no DNA, não pode vir em doses homeopáticas e deveria sim ser aplicada em doses fortes e impactantes.
sAs mudanças para o fim da corrupção que instalou-se nestas plagas há vários séculos, deveriam surgir em um tratamento de choque, e considerado como crime hediondo com julgamentos sumários, rápidos e com penas duras para punir.
Somente assim a vergonha voltaria e o respeito pelo que é chamado de “coisa pública” seria uma verdade, e as leis trariam de volta a justiça, a paz e a igualdade.

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