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Sacrificar é santificar a... 19/01/2024

Sei que o título chama a atenção, pois tudo indica que ao mudar, já aconteceu ou aconteceram mudanças.
Infelizmente mudanças neste Brasil dos dias atuais, neste local onde nós brasileiros vivemos, não tem significado, nada simplesmente nada é, tem sido usado pelos maus políticos os quais acredito que sejam maioria, para enganar, e praticar o esporte preferido desta turma que é o corporativismo.
Até podemos sem muito esforço dividir os dias atuais em duas situações, a primeira o Brasil do período que antecede as eleições, o chamado pré-eleitoral, momento em que afloram as promessas e todos os problemas serão com muita brevidade resolvidos, e tudo tem como foco único a felicidade da população.
Passado este período após eleição, como um passe de mágica tudo se transforma, a grande maioria dos eleitos esquecem as promessas, e os interesses do povo passam a ser um assunto secundário, e a preocupação maior passa a ser e dar força para o corporativismo.
Exatamente este segundo momento pelo tempo em que teve início, já está sendo olhado como algo normal, e os atores deste filme trágico titulados como inteligentes, “vivos” e perfeitamente enquadrados no vergonhoso “jeitinho brasileiro”, e queiramos ou não o grande responsável pelo surto catrastófico de corrupção que tem assolado a nossa pátria, pela manutenção de incompetentes na gestão da coisa pública, e também pela anulação da atuação dos poucos honestos e bem intencionados que militam na área política. É chegado o momento do grito de basta, o qual tem de ser defragado pelo povo, pois pela forma de exercer a política atualmente não acontecerá. Chega de sermos continuamente enganados, e é preciso muita clareza e dizer, de nada adianta trocar a sigla partidária, é urgente trocar radicalmente a forma de fazer política, e exigir que a sua militância tenha como servir a população, e não usa-la para auferir benefícios pessoais, para o corporativismo e a criação de privilégios para poucos em detrimento do todo.
As crises no Brasil, e elas tem sido uma constante, e sempre foram causadas pela má gestão da coisa pública, infelizmente sempre atingindo com maior impacto as classes menos favorecidas economicamente.
Vejamos a situação do nosso Rio Grande do Sul, que em nada difere dos outros estados brasileiros, encontra-se atolado em dívidas com uma situação difícil, e com tudo a exigir ações saneadoras, o que não está acontecendo pois o que estamos vendo são medidas paliativas, sem novidades e próprias de quem não sabe achar solução, mas com a capacidade de tocar os problemas para a frente sem resolvê-las.
Já faz algum tempo o jornalista Flávio Tavares escreveu e publicou sobre o assunto sob o título “Façanhas de Setembro” e foi muito feliz eis alguns tópicos...”a insolvência do Poder Público riograndense entregue à manipulação de políticos demagogos ameaça transformar-se em caos na cúpula dos três poderes do Estado, porém não há qualquer medida criativa para enfrentar o monstro”. Eu gostaria de acrescentar que aumentar impostos é como dar outra punhalada para estancar a hemorragia. 
A insensatez do governador e seus comandados não pode ser imitada pela inércia demagógica de alguns deputados, e nem pela neutralidade do Poder Judiciário.
Além de renunciarem a privilégios, caberia aos três poderes criar saídas para a atual situação. Crise é crise e exige renúncia, principalmente para aqueles nos quais o sacrifício pesará menos.
Sacrificar os já sacrificados é santificar a injustiça. 

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