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Valores esquecidos 01/03/2024

Perdoem-me nossos leitores da Folha do Nordeste, mas hoje repito artigo escrito no ano de 2005, portanto já passaram dezenove anos. Explico que este pedido partiu de uma roda de conversa com amigos, que lembravam de referido artigo. Procurei achei, elaborei com algumas atualizações e aí está.
O que me leva a cometer este ato foi e agora é para mostrar, que as transformações, as mudanças neste nosso Brasil de Deus, mas que é nosso também, acontecem ao “passo de tartaruga” e o mais grave é que cresce mais o que existe de ruim.
O referido artigo começava assim: - Nós, que já assistimos e convivemos com várias fases da história da nossa pátria, digo nós, todos aqueles que pelo longo tempo vivido, já branquearam ou perderam os cabelos. Vivemos momentos de crises, políticas, econômicas, secas com quebras de safras, enchentes e outros tantos fenômenos naturais.
Vivemos também períodos de euforia, de muita alegria, acalentamos sonhos, sonhos de estabilidade econômica para o nosso Brasil, igualdade social com distribuição justa das riquezas, e principalmente a valorização da pessoa humana.
Infelizmente o que estamos sentindo e vivendo, é uma quebra sistemática daqueles valores em ensinamentos que a nossa geração, hoje já de cabelos brancos recebeu através dos nossos pais, e que aprendemos a respeitá-las desde a mais tenra idade.
Dentre elas - “Não provoca, mas não leva desaforo para casa”. Em mulher não se bate nem com uma flor. Respeita os mais velhos, e protege os mais novos. Os professores são os segundos pais. 
A polícia é a responsável pela manutenção da ordem e o cumprimento das leis. Cuida da natureza, pois é com ela que nós vivemos. A honestidade deve ser o nosso guia. Palavra dada, é palavra honrada. Fio de bigode vale por documento.
Tantos e tantos conceitos, valores que eram usados para moldar, para fundir as personalidades, estão caindo em desuso e passando a ser algo do passado.
As mulheres, não todas mas um número significativo, lutam para perder a ternura, para perder a candura, as quais na verdade eram as grandes forças para tudo conseguir, e para amolecer o coração mais duro, mais empedernido.
Os homens, não todos, mas um número considerável, lutam para anular os efeitos dos hormônios androgênicos, pintam os lábios, travestem-se e fazem campanhas pelo reconhecimento de um terceiro sexo.
Os professores trabalham hoje com múltiplas dificuldades, mal remunerados, com recursos cada vez mais escassos pressionados por leis esdrúxulas, e as frequentes mudanças de costumes, as quais tiram a força para exigir respeito. Não todos mas um número significativo até afirma, que não são mais professores, mas sim trabalhadores em educação. A honestidade também sofreu alterações logicamente que não para todos, mas para um grande número a honestidade somente fica com máculas e causa vergonha, quando ocorrerem pequenos furtos ou pequenos deslizes.
Ao contrário quando o roubo, o desvio, a falcatrua, o crime do colarinho branco, o desvio de verba pública forem de grandes proporções, não haverá maior problema, e até poderá ser olhado como um ato de inteligência privilegiada, ou que a grande roubalheira deve ser julgada pela denominada “Lei do Gerson” aquela que não é oficial, mas que existe e permite levar vantagem em tudo sem interessar os meios.
O policial que sempre transmitia segurança, e a população tratava-os como heróis, sempre vencedores na luta do bem contra o mal, hoje não para todos, mas para um número considerável estes conceitos também mudaram, chegando ao cúmulo principalmente nos grandes centros, policiais militares quando sozinhos procuram não circular fardados, e os policiais civis escondem seus documentos de identificação, pois se forem reconhecidos poderão serem atacados por bandidos e até mortos. 
O clima de insegurança está assustando, enquanto nossos filhos não chegam em casa, ficamos acordados e rezando.
Os bons ficam enclausurados nos seus lares, protegidos por grades, cães, e quem tem condições contrata seguranças, a verdade é que a bandidagem cresce vertiginosamente e circulam com facilidade protegidos por leis absurdas.
A política que antes era considerada como um ato de amor, e dedicação pelo bem comum, e claro que não todos, mas um número alarmante de políticos desvirtuaram-se, e estão fazendo desta antes nobre missão, uma forma de acumular riqueza, privilégios e quase sempre de um modo nada justo e legal.
Gente é chegada a hora da reação, da luta pela vitória do bem contra o mal. Está sendo uma obrigação esta luta contra a peversão.

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