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Histórias do Natal - 22/12/2023

Jamais esquecerei das passagens felizes da minha infância, e logicamente dos Natais, daqueles Natais dos “tempos antigos”, quando nós crianças acreditávamos “fiamente” que o bom velhinho viajava singrando os céus em um trenó tracionado por renas gigantes. Percorria esta grande distância com a sua “carruagem” desde o Pólo Norte carregado de presentes, destinados as crianças que tiveram bom comportamento, foram obedientes e estudiosos.
Os presentes eram muito simples, mas para nós verdadeiras obras de arte, brinquedos normalmente feitos em madeira, roupas, calçados, mas nunca com a sofisticação dos mimos dos dias de hoje, mas que para nós representavam verdadeiros tesouros.
Claro que no Natal nunca faltava a presença do bom velhinho Papai Noel, ouvíamos seus conselhos junto a um bem montado “presépio”, e um “pinheirinho” ornamentado com luzes. Tudo com um clima de alegria, de dúvida e muitas perguntas - Será que o Papai Noel vem mesmo do Pólo Norte, pilotando um trenó tracionado por renas?
Será que o Papai Noel existe mesmo ou é algum adulto fantasiado? A dúvida permanecia pois ninguém tinha a coragem de duvidar ou procurar a verdade. De uma coisa eu tenho a certeza, esta festa no tempo antigo tinha outro encanto, e era vivida com amor, fé e esperança, nos dias atuais parece que perderam o verdadeiro significado, e torna-se em algo com apelo comercial.
Pesquisando sobre a história do Natal, encontrei que representa a festa do nascimento de Jesus Cristo. A data real deste acontecimento é fundamental, a cronologia do ocidente, pois o nascimento de cristo marca o ano 1 (um) da nossa história.
Nos primeiros séculos o Natal cristão era comemorado ora em 6 de janeiro, ora em 25 de março e em alguns lugares em 25 de dezembro.
O dia 25 de dezembro aparece pela primeira vez no calendário de Philaculus (354), e a data atual foi fixada no ano (440), a fim de cristianizar as grandes festas pagâs realizadas neste dia, a denominada Festa Mitraica (Religião Feixe que rivalizava com o cristianismo nos primeiros séculos) era celebrado o “Natalis invicti Sol”, e várias outras festividades decorrentes do Solstício do inverno, como a “Saturmalia” em Roma, e os “Cultos Solares” entre os celtas e os Germânicos. A ideia central das missas de natal revela claramente esta origem, as noites eram mais longas e frias, pelo que todos estes ritos ofereciam sacrifícios e suplicava-se o retorno da luz. A liturgia natalina retoma esta ideia e identifica Cristo como a verdadeira luz do mundo.
A árvore do natal é de origem germânica foi ado tada para substituir os sacrifícios do “Carvalho Sagrado de Odin”, quando adorava-se uma árvore em homenagem ao Deus Menino.
O presépio foi introduzido no século XII por São Francisco de Assis. No Brasil é a celebração que mais profundamente está enraizada no sentimento nacional, e sugere em riquíssimo material poético e folclórico com bases na religiosidade. Cognominada simplesmente de “Festa do Natal ou Nascimento de Jesus Cristo,” seu ponto alto e mais significativo é a “Missa do Galo”, a qual é celebrada a meia noite e após efetuada a entrega dos presentes pelo Papai Noel.
A nossa luta atual deve ser manter o Natal como uma data de amor, de carinho ao próximo, de reflexão, de fé, de oração, e um pedido ao Cristo Menino para que coloque amor no coração da humanidade, fazendo com que todos sejam tomados pela bondade e pelo amor aos seus semelhantes, criando assim condições para que exista um mundo melhor, e desapareçam o ódio, a raiva, as diferenças, as guerras, os medos e as desgraças como um todo. Falar sobre o Natal é sempre tão bom pelo que ele representa e inspirava baseado nesta data do amor, da fé e da esperança.
Desejo a todos um Feliz Natal e um ano de 2024 repleto de grandes realizações, de paz e harmonia.
Um beijo no coração.

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