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Política do mal 24/11/2023

Todos nós sabemos que o voto é a expressão máxima de qualquer democracia, pois ela mostra a vontade da maioria da população. Deve ser, mas aqui neste nosso amado torrão natal chamado Brasil, não é o que acontece, pois o voto em grande parcela tem sido uma mercadoria e não um direito sagrado, pois um número significativo vende, troca ou executa esta obrigação sem esperança, pois é obrigado sob pena de multa, e assim, anula, deixa em branco, ou vota em qualquer um.
Baseados neste quadro, maus políticos, seja por falta de qualificação, carência moral ou falta de ética, elegem-se aos borbotões normalmente com o patrocínio do poder econômico, os quais, após eleitos, submetem-se aos desígnos e a vontade daqueles que garantiram com verbas a obtenção do número significativo de votos.
Desta forma consagra-se no nosso meio o famoso “toma lá, da cá”, como o grande garantidor, e quem sabe o mentor desta grande onda de corrupção que assola nosso solo pátrio.
Desta forma nosso Poder Legislativo mostra-se moroso, e principalmente corporativista, abrindo as portas para a criação de leis que defendem interesses específicos de grupos, deixando de lado as aspirações do povo.
Assim torna-se fácil a criação de governos atrelados a grupos economicamente fortes, e com capacidade de garantir reeleições e maiorias na Câmara e no Senado, fator que possibilita a aprovação de leis que garantem privilégios desmedidos.
Assim sendo os governos deixam nascer dentro da administração pública a criação de verdadeiras castas, aonde tem muito e outros sobrevivem com grandes dificuldades, tudo baseado na máxima usada e abusada “independência dos poderes“, sendo esquecido no entanto que os orçamentos são formados ou tem origem nos impostos que são arrecadados e pagos pelo povo.
A identificação dos problemas acima citados é muito fácil a começar pelas arrecadações, setenta por cento é abocanhado pelo Governo Federal, e o restante dividido entre Estados e m-unicípios. Seja feito também uma comparação entre os subsídios percebidos pelos componentes do Poder Judiciário e o Poder Legislativo com o que recebem os outros quadros funcionais, aí com facilidade mostra-se a gritante disparidade e a injustiça.
É tão sem um propósito ético que beneficiados com vergonha já chegaram a renunciar a alguns benefícios. Enquanto tudo acontece, são esquecidos os clamores da população no que diz respeito as falhas gritantes que ocorrem no atendimento a educação, saúde e segurança.
Resta ter fé em Deus, pois períodos eleitorais que antes deveriam servir para medir capacidade, os candidatos servem-se dos espaços concedidos para atacar adversários.

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