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Para pensar e mudar 17/11/2023

Para pensar e mudar

As transformações que acontecem no mundo atual, parecem não chegar ao Brasil, digo aquelas que melhoram a vida da população como um todo, o nosso crescimento demográfico, caracteriza-se por uma desigualdade social que acentua-se na medida em que políticas econômicas inadequadas sacrificam em muito a chamada classe média, deixando de lado os 10% mais ricos da nossa população, os quais apropriam-se de 48,0% da renda total, e a classe pobre sendo assistida com migalhas, e nunca com condições suficientes para emergir e atingir uma classe social melhor, mais elevada.

A falta de uma política social séria e consistente proporciona que crianças trabalhem ou mendiguem nas ruas com a finalidade de conseguir recursos para sustentar suas famílias, e muitos abandonando a escola e contribuindo para manter índices alarmantes de analfabetismo, o que leva inúmeros jovens a enveredar para o crime dando suporte para o clima de insegurança vivido por nós brasileiros.
As dimensões do nosso país representados por milhões de quilômetros quadrados, com inúmeros recursos naturais, demonstram com clareza as nossas potencialidades, escancarando também a nossa incapacidade para administrá-los e a insuficiência crônica dos nossos políticos, fiscal, tributária, educacional e agrícola.
A fiscalização sofre de falta de efetividade e resultados como um todo, a prova disto é o número sem fim de desvios, roubos, falcatruas que surgem diariamente e desgastam as finanças públicas, e o pior é que a grande maioria consagra a impunidade e incentiva a sequência de novos desvios de conduta. A tributação é feroz, situa-se como uma das maiores do mundo, e diariamente recebemos notícias de propostas que tem por fim aumenta-las ainda mais.
A parte educacional enfrenta também sérios problemas, na maioria é deficiente pela falta de estrutura e pelo deprimente salário recebido pelos professores. Infelizmente a educação não é tratada como algo sério e a grande solução para os problemas nacionais.
O desenho do cáos mostra que existe um número significativo de analfabetos e outros tantos semi - analfabetos.
Índices apontam que somente um por cento da população consegue chegar até os bancos da universidade, e destes, raríssimos enfrentam com sucesso exames vestibulares sem a complementação em “cursinhos”, demonstração clara da deficiência do nosso ensino básico.
As deficiências não param e existem no ensino universitário, tanto é que formados estão sendo submetidos a exames de comprovação de capacidade para o ingresso no mercado de trabalho, na verdade o culpado pela capacitação insuficiente não é o aluno o verdadeiro culpado, e quem deveriam ser penalizados seria exatamente o gestor do ensino e os governos de todos os níveis.
A agropecuária brasileira tem demonstrado sobejamente que tem respostas positivas quando tratada com seriedade e responsabilidade. Para nosso espanto produzir alimentos através dos anos continua sendo uma atividade de alto risco, tendo a produção primária de conviver com a insegurança, com planos demográficos pouco técnicos e recheados de mudanças ideológicas.
O produtor primário compra insumos pelo preço imposto, até aí tudo bem, o pior é quando vende seus produtos, também são os outros que dão o preço.

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