COLUNISTAS

As invasões indígenas 02/02/2024

No início do governo Lula eu alertei aqui na coluna que uma das principais ameaças para a nossa região eram as invasões indígenas a propriedades públicas e privadas. E elas estão acontecendo. A primeira foi em Caseiros, na comunidade São Luiz, onde invadiram o terreno de uma antiga escola, e a mais recente em Pio X, município de Ibiraiaras, onde acamparam em um terreno da Mitra Diocesana de Vacaria. Neste último caso, até o Bispo foi ao local, porém não convenceu as lideranças a se retirarem, optando, vejam só, por pedido de reintegração de posse no Judiciário.
A demanda das lideranças indígenas é por mais demarcações de terras. Entrevistados, os invasores em Caseiros querem mais 10,8 mil hectares. Isso mesmo: dez mil e oitocentos hectares para o grupo Kaingang. 
Essas invasões são um tipo de pressão, de chamamento de atenção para a necessidade de demarcação, trazendo muita insegurança jurídica a nossa região. Uma demarcação de área indígena qualquer em nossa região em terras onde já estão estabelecidos pequenos, médios ou grandes empreendedores rurais seria um grande desastre. E significaria um amplo conflito social.
Mas as lideranças indígenas sabem que, após a rejeição do marco temporal pelo STF, e pela ascensão do PT ao governo, a chance de conseguirem alguma terra é significativa. E por isso essas invasões não devem parar. Boa parte da nossa região é objeto de cobiça dos caciques das parcialidades Kaingangs. E, com o PT dominando o governo, controlando a FUNAI e o Conselho Indigenista Missionário (vinculado à CNBB, dos Bispos), que é uma das correias de transmissão das teses do partido, tudo tende a ficar mais fácil. 

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