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“Está tudo dominado [pelo PT e por seus amigos]” 01/12/2023

O presidente Lula indicou um novo amigo para vaga no Supremo Tribunal Federal. Trata-se de seu atual ministro da Justiça Flávio Dino, senador licenciado pelo Maranhão e que fez toda sua carreira política no Partido Comunista do Brasil. Trata-se de um político de esquerda e o ministro cuja fidelidade canina ao projeto de poder do PT é incontestável. Em pouco menos de um ano como ministro já demonstrou diversas vezes que ele é uma notável correia de transmissão das teses marxistas. 
Toda essa biografia, e principalmente esse compromisso pessoal e ideológico que ele possui com Lula o credenciaram para uma vaga tão disputada. Lula, após indicar seu advogado pessoal para o STF, agora indica mais um amigo para a mais alta corte de justiça do país. Tudo baseado em relações pessoais, sem levar-se em consideração questões técnicas. O Brasil da nova era PT, no entanto, não deveria surpreender ninguém: o partido retornou ao poder para incrustar-se ainda mais no estamento burocrático que, no fundo, controla os rumos do país. Lula, como se está dizendo, irá reforçar sua base de sustentação no Supremo, mesmo que um presidente da República não devesse ter esse tipo de sustentação. Os Poderes, afinal, são independentes, não é?
“Está tudo dominado [pelo PT e por seus amigos]”- é o que se pode dizer. A blindagem do governo em outros Poderes é escancarada e todo o país está vendo. Estamos presenciando, caros leitores, um inverno que se prenuncia longo, e que não se sabe o que sobrará de nossas instituições ditas republicanas. Eles retornaram ao poder com sangue nos olhos, para prosseguir em seu projeto que felizmente foi interrompido pelo povo com o impeachment da criminosa Dilma Rousseff. O retorno tem sido, do ponto de vista deles, triunfal, colocando aos poucos peças importantes em espaços fundamentais. Se a população permanecer adormecida em “berço esplêndido” estaremos, logo ali, vivendo sob escombros enquanto que a elite esquerdista estará se lambuzando com as delícias de governar sem oposição e em conluio com os “donos do poder”, na acepção dada pelo vacariano Raymundo Faoro.

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