COLUNISTAS

MADURO

Prefeito de Lagoa Vermelha, Gustavo Bonotto, sobre ilações de que estaria em clima de despedida. Ou seja, teria jogado a toalha, esperando apenas o fim do mandato.

- Pelo contrário, me vejo, no momento, mais maduro nesses sete anos. Talvez o que a gente tenha tido um pouquinho menos é aquela preocupação em divulgar as ações. Nosso trabalho vai carregar uma marca. Tenho convicção ao que nos trouxe até aqui e que nos manteve neste momento. É a seriedade do trabalho que fizemos. E ela não fez com que nos deslumbrássemos com coisas que, talvez, não fossem tão palpáveis.

 

MÁXIMO POSSÍVEL

Prefeito alerta.

- De repente, alguém queira levantar esse discurso (clima de despedida). Estamos próximos do pleito eleitoral e uma das coisas que a gente precisa se precaver é com relação a fonte. E não somente a fonte, mas a intenção da informação. Quero dizer à comunidade que, talvez, nunca estivemos tão compenetrados e concentrados no trabalho a ser apresentado à Lagoa Vermelha. Nosso foco ainda está no plano de governo que pactuamos lá em 2020. Tenho compromisso até 31 de dezembro. Quero entregar o máximo possível do que pactuamos. 

 

85% DAS METAS

  Prefeito recupera.

- No primeiro mandato, batemos em 85% das propostas de campanha. Fora aquelas situações que surgem ao longo do caminho que a gente abraça e executa, mesmo não estando no plano de governo. Existem, sim, muitas coisas que a gente disse que iria fazer e que não foram feitas. Ou nos primeiros quatro anos ou nos sete anos que completamos agora. Por algum motivo não foram feitas e não que tenham sido esquecidas ou deixadas de lado. 

 

CHEGANDO LÁ

Prefeito Bonotto se refere ao segundo mandato.

- Nós ultrapassamos, agora no final do ano passado, os 70% de execuções do nosso plano de governo. Vamos chegar, provavelmente, muito próximo do percentual do primeiro mandato. Não conseguimos fazer tudo o que queríamos, mas, dentro de uma ótica de possibilidades, arrisco a dizer que, proporcionalmente, fizemos muito mais nesse segundo mandato, pois foram anos extremamente desafiadores.  

 

HEMODIÁLISE

Pela primeira vez, prefeito Bonotto, abordou, publicamente, a luta pela conquista do serviço de hemodiálise. 

- A hemodiálise se tornou passível através de uma construção importante: política e técnica. São dois caminhos a serem seguidos e que exigem que a gente pare, por vezes, algumas coisas e dê um foco extra, por assim dizer, para que se viabilize. Fomos brindados com uma oportunidade que não pode ser vista com outros olhos que não seja a maior prioridade a ser trabalhada de agora em diante que é a instalação do serviço de hemodiálise. 

 

ALIADO FORTE

Sim, Lagoa Vermelha conta com um aliado muito forte, nessa questão da hemodiálise, que é o Estado. 

- Temos a palavra da última instância que é o que nos traz alegria e pressa um tanto quanto grande. Não é algo que vai ser pleiteado para ser submetido a uma apreciação. A situação é a seguinte: existe uma demanda e se o município de Lagoa Vermelha correr atrás e preencher os critérios vai ser atendido. Poxa, então vamos fazer isso - promete prefeito Bonotto. 

 

DESAFIO

O Estado tem se interessado pela causa da hemodiálise de Lagoa Vermelha. Tem cobrado ações por parte do município, tem pedido informações, tem solicitado levantamento de dados etc. 

- Diante disso, temos que correr também no sentido de projeto de alvenaria, estrutura, se daria para adequar junto ao hospital, se tecnicamente seriam viáveis as adequações. São precisos números para isso. Não basta só olhar. Se não for viável, como é que vamos proceder? Onde poderia ser montado? É o desafio da vez. Primeiro feedback não foi positivo - externou prefeito Bonotto.

 

CAMINHO MAIS CURTO

A viabilização do serviço de hemodiálise se apresenta como um desafio imensurável. Local, equipamentos e estrutura funcional (profissionais necessários). Para se ter uma ideia, seriam necessários dois médicos nefrologistas, 3 ou 4 enfermeiros e cerca de 11 técnicos em enfermagem. Todos os quesitos são altamente desafiadores. A meu juízo - ponto de vista de um leigo -  a estrutura funcional seria a dificuldade maior. Todavia, tem a Associação Vila Nova, de Porto Alegre, que tem know-how nesse meio. E que poderia assumir. Dá para se dizer que há uma predisposição nesse sentido. Claro, desde que lhe sejam proporcionadas as condições para tanto. 

- No momento em que a gente se aproxima de alguém que já faz esse serviço torna-se mais plausível a ideia e um caminho muito mais curto - avaliou prefeito Bonotto.

 

COMPLEMENTAÇÃO

Um dado interessante transmitido pelo prefeito Bonotto: município gasta 35 mil reais mensais com os pacientes transportados a Passo Fundo. Caso o número de pacientes não cubra o custeio, município se dispõe a destinar esse recurso como complementação. Lógico, se houver necessidade.

 

AGORA OU NUNCA

Prefeito Bonotto acha que o município não pode perder essa perspectiva com vistas ao serviço de hemodiálise, principalmente pelo fato de ter um aliado de peso como o Estado. Outro ponto importante é ter alguém que possa assumir esse serviço. E aí entra a Associação Vila Nova. É agora ou nunca. 

 

EMBRABECIDO

Cheguei a rodar a música Aleluia. Aquela num estilo clássico. Tudo porque foi assinado, finalmente, o aditivo ao contrato do município com o Estado para a cobertura da cancha do Parque de Rodeios do CTG Alexandre Pato. Secretário do Turismo do Estado, Luiz Fernando Rodriguez Júnior foi quem assinou o documento. Ao ouvir Alessandro Muliterno que, como patrão do CTG Alexandre Pato, foi quem encaminhou essa demanda, perguntei se em algum momento chegou a perder a esperança em razão de tudo o que aconteceu. Respondeu de bate-pronto.

- Não perdi a esperança, mas fiquei embrabecido. 

 

CARPINEJAR

Em uma de suas colunas, jornal Zero Hora vem publicando dicas de lugares a serem visitados no Rio Grande do Sul. As indicações são feitas por profissionais que fazem parte do Grupo RBS (rádio, jornal e TV). Na edição de terça-feira, coube ao consagrado escritor Fabrício Carpinejar fazer a sua indicação. Sugeriu Lagoa Vermelha. Disse que aqui comeu o melhor churrasco de sua vida. Fez referência ao Lagoa Parque Hotel e ao Restaurante Ponteio/Fattoria. Repercutiu enormemente em nosso meio. Afinal, Carpinejar é um dos maiores escritores do Brasil. No dia seguinte, entrevistamos Carpinejar. Além de exaltar nosso churrasco, falou do carinho e admiração que tem por Lagoa Vermelha.

 

DEMANDA REPRESADA

Na semana passada, conversamos com Rosana Machado, responsável pelo Posto do IGP de Lagoa Vermelha (carteira de identidade). Informou que durante o tempo em que esteve sozinha no posto, acumulou em muito a demanda. Chegou a cerca de 700 carteiras. Cresceu, incrivelmente, a procura pela nova carteira. Sozinha não tinha como dar conta de todo o serviço. Como recebeu uma auxiliar, o serviço passou a fluir melhor. A meta agora é colocar em dia. 

 

SEM PRESSA

Gustavo Bonotto, na condição de presidente do PP de Lagoa Vermelha, admitiu que tem sido cobrado, pelos próprios companheiros de partido, quanto a definição de um nome para a sua sucessão. Disse não ter pressa. Dois nomes se evidenciam: Eder Piardi e Eloir Morona. Alessandro Muliterno corre por fora. A preocupação agora é definir alianças.