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Cabo Toco, 1ª mulher a incorporar as fileiras da Brigada Militar em 1923 15/03/2024

Olmira Leal Oliveira, nasceu em Camaquã, localidade de Caçapava do Sul, em 18 de junho de 1902. 
Ficou conhecida como Cabo Toco devido à sua participação nas tropas da Brigada Militar durante a Revolução de 1923, enfrentou os Maragatos, defendo o governo de Borges de Medeiros. Incorporou a Brigada no 1º Regimento de Cavalaria, atual 1º Regimento de Polícia Montada, sediado em Santa Maria, participou dos movimentos revolucionários de 1923, 1924 e 1926.
Depois de passar por várias batalhas com destaque de bravura, em 1932 deixou a corporação. 
Sua figura ficou conhecida em 1987, quando a intérprete Fátima Gimenez venceu a V Vigília do Canto Gaúcho contando sua história na música "Cabo Toco":
“Me chamam de Cabo Toco
Sou guerreira, sou valente
Do Primeiro Regimento
Enfermeira e combatente
Me chamam de Cabo Toco
Só não sabe quem não quer
Debaixo do talabarte
Há um coração de mulher
Lutei contra Honório Lemes na serra do Caverá
Na ponte do Alegrete meu fuzil estava lá
Enfrentei o Zeca Neto sem temor da "colorada".
Em consequência, após esta música e por sido considerada heroína, Olmira Leal de Oliveira, a Cabo Toco, recebeu um soldo de 2º Sargento do Governo do Estado. Ela também é patrona da primeira turma de PMs femininas do Estado. 
Ijuí também homenageou-a dando o seu nome a uma rua da cidade, bem como ao CTG do 9º Batalhão da Polícia Militar da mesma cidade. Casou-se em 1951, com Antônio Martins da Silva, não tiveram filhos e veio a falecer em 21 de outubro de 1989, aos 87 anos em Cachoeira do Sul. Fonte: Professor Beraldo Figueiredo.

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