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A missa crioula: história 02/02/2024

A missa crioula é uma missa católica do rito latino, Apostólico Romano, porém adaptada em linguagem, ritmo, estilo e símbolos tradicionalistas gaúchos. Ela tem o mesmo sentido espiritual e religioso de uma missa tradicional, mas pelas suas características particulares recebe a denominação de Missa Crioula.
A existência de uma missa nesse estilo tornou se possível com as alterações introduzidas na igreja Católica como resultado do Concílio do Vaticano II, realizado em 1965, que permitiu a tradução e adaptação da liturgia em latim para outras línguas nacionais e linguagens regionais.
Em 1967, os padres gaúchos Paulo Aripe e Amadeu Gomes Canelas solicitaram autorização ao então Bispo de Porto Alegre, Dom Vicente Scherrer e ao Vaticano, cujo Papa era Paulo VI, para a celebração da Missa Crioula com cantos, preces e orações próprias, com rima bastante acentuada na linguagem e oração litúrgica. Nessa liturgia campeira, são utilizados símbolos do campo, da campanha, do uso costumeiro do gaúcho.
Com o linguajar típico dos pampas, Jesus Cristo é chamado “O Divino Tropeiro” e Nossa Senhora de “Primeira Prenda Celeste”. Deus é chamado de “Pai Celeste” e o Espírito Santo de “Divino Candeeiro”.
Entre os momentos mais emocionantes da Missa Crioula está o que relembra um dos mais marcantes episódios da história do Rio Grande do Sul: a guerra entre maragatos e chimangos. Como a missa busca trazer a paz e a compreensão entre todos, os homens que participam da missa depõem suas armas, representadas por facões estilizados, colocando-as em um canto e entrelaçam na cruz os lenços vermelhos, representando os Maragatos, e branco, representando os Chimangos. Fonte: Missa Crioula: História

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