Formação odontológica sob alerta: "Estão entrando no mercado despreparados", diz Dr. Miguel Nadin


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Marcos Roberto Nepomuceno 03/05/2025

Durante a entrevista concedida ao programa Folha News, o cirurgião-dentista Miguel Ângelo Nadin, diretor da Oral Unic Implantes, foi contundente ao avaliar a atual formação acadêmica dos novos profissionais da odontologia. Com mais de duas décadas de experiência, o especialista apontou preocupações sérias quanto à qualidade do ensino e à preparação clínica dos recém-formados.

 

EXPANSÃO DE FACULDADES E A COMERCIALIZAÇÃO DO ENSINO

Segundo o profissional, o Brasil viveu nos últimos anos uma explosão no número de cursos de odontologia, muitos deles focados em retorno financeiro e não necessariamente na excelência acadêmica. "Houve, sim, uma queda no nível de ensino. Isso virou mercado. Muitas faculdades abertas, muita oferta, mas pouca profundidade. E isso reflete diretamente na qualidade dos profissionais", afirmou.

 

CONHECIMENTO BÁSICO SENDO DEIXADO DE LADO

Dr. Miguel relata com preocupação que nos cursos e especializações que ministra, nota deficiências graves entre os alunos. “Tem dentista que não domina nem a anatomia básica, e isso não mudou desde a época de Cristo”, ironizou. Segundo ele, há estudantes e recém-formados que chegam ao mercado sem entender técnicas anestésicas ou mesmo noções fundamentais de diagnóstico.

 

O RISCO DA SUPERFICIALIDADE

O dentista também critica a abordagem cada vez mais limitada de muitos profissionais, que tratam apenas o sintoma, sem investigar a origem dos problemas. “Estamos virando tratadores de dentes. Vem com bruxismo? Bota uma plaquinha. Mas ninguém pergunta como está o sono desse paciente. Se ele tem apneia. Se precisa de uma polissonografia”, exemplificou.

 

PREOCUPAÇÃO COM O FUTURO

Ele encerra esse trecho da entrevista com uma reflexão dura, mas necessária: “Quem vai cuidar da gente no futuro são esses profissionais. E muitos estão entrando no mercado sem saber o mínimo. Isso me preocupa como dentista, como cidadão e como paciente”.

A entrevista completa está disponível no canal do YouTube: @folhanewslv

Durante a entrevista concedida ao programa Folha News, o cirurgião-dentista Miguel Ângelo Nadin, diretor da Oral Unic Implantes, foi contundente ao avaliar a atual formação acadêmica dos novos profissionais da odontologia. Com mais de duas décadas de experiência, o especialista apontou preocupações sérias quanto à qualidade do ensino e à preparação clínica dos recém-formados.

 

EXPANSÃO DE FACULDADES E A COMERCIALIZAÇÃO DO ENSINO

Segundo o profissional, o Brasil viveu nos últimos anos uma explosão no número de cursos de odontologia, muitos deles focados em retorno financeiro e não necessariamente na excelência acadêmica. "Houve, sim, uma queda no nível de ensino. Isso virou mercado. Muitas faculdades abertas, muita oferta, mas pouca profundidade. E isso reflete diretamente na qualidade dos profissionais", afirmou.

 

CONHECIMENTO BÁSICO SENDO DEIXADO DE LADO

Dr. Miguel relata com preocupação que nos cursos e especializações que ministra, nota deficiências graves entre os alunos. “Tem dentista que não domina nem a anatomia básica, e isso não mudou desde a época de Cristo”, ironizou. Segundo ele, há estudantes e recém-formados que chegam ao mercado sem entender técnicas anestésicas ou mesmo noções fundamentais de diagnóstico.

 

O RISCO DA SUPERFICIALIDADE

O dentista também critica a abordagem cada vez mais limitada de muitos profissionais, que tratam apenas o sintoma, sem investigar a origem dos problemas. “Estamos virando tratadores de dentes. Vem com bruxismo? Bota uma plaquinha. Mas ninguém pergunta como está o sono desse paciente. Se ele tem apneia. Se precisa de uma polissonografia”, exemplificou.

 

PREOCUPAÇÃO COM O FUTURO

Ele encerra esse trecho da entrevista com uma reflexão dura, mas necessária: “Quem vai cuidar da gente no futuro são esses profissionais. E muitos estão entrando no mercado sem saber o mínimo. Isso me preocupa como dentista, como cidadão e como paciente”.

A entrevista completa está disponível no canal do YouTube: @folhanewslv

Fonte: Jornalismo - Folha do Nordeste

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