Laudo confirma gripe aviária em ave silvestre em Rio PardoRS

12/02/2024

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), confirmou, neste domingo (11/2), a detecção de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em duas aves silvestres localizadas em um açude, no município de Rio Pardo. O vírus foi identificado na espécie caraúna (Plegadis chihi, “maçarico”). A notificação não afeta o status sanitário do Estado e do país, nem impacta o comércio de produtos avícolas. Também não há risco no consumo de carne e ovos, porque a doença não é transmitida por meio do consumo.



O Serviço Veterinário Oficial (SVO-RS) atendeu a notificação, e a amostra foi enviada no dia 8 de fevereiro para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA). Esse é o sexto foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul, registrado em aves silvestres e mamíferos aquáticos (leões-marinhos e lobos-marinhos).



De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, uma reunião técnica com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e com a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado do RS (SFA/RS) foi realizada neste domingo (11/2), para nivelamento das informações e definição da estratégia de atuação a partir de hoje.



“As equipes da Secretaria da Agricultura atuarão na vigilância ativa, monitorando inicialmente o raio de cinco quilômetros a partir do foco, a fim de evitar uma possível disseminação da doença e levar orientação aos criadores para manterem cuidados de biossegurança em suas propriedades, especialmente evitando a circulação de aves e, na medida do possível, impedindo ambientes de convívio entre aves silvestres e domésticas”, ressalta Rosane.



Notificação de casos



A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves, mas também pode infectar mamíferos, cães, gatos, outros animais e humanos.



Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em animais, devem ser notificadas imediatamente à Seapi por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária do município, do Whatsapp (51) 98445-2033 ou do e-mail notifica@agricultura.rs.gov.br.



Recomendações aos produtores e criadores de aves de subsistência (fundo de quintal):




  • Reforço das medidas preventivas nos estabelecimentos avícolas.

  • Revisar as telas, passarinheiras, portões e cumeeiras dos galpões.

  • Proteger fontes, caixas d’água e silos de ração do contato com aves de vida livre.

  • Desinfecção de veículos na entrada e saída (atenção para a correta diluição, conforme recomendação na bula).

  • Trocar roupas e calçados para ingressar na unidade produtiva.

  • Não permitir a entrada de pessoas alheias ao processo produtivo nas granjas.

  • Criações de aves com acesso a piquetes ou pátios: recomenda-se o fechamento das aves em galpões ou galinheiros e a proteção de bebedouros e comedouros para que seja evitado o contato com aves de vida livre.

  • Comunicar imediatamente a Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) em caso de ocorrência de alta mortalidade (maior ou igual a 10% em 72 horas) ou da identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou digestórios.



Orientações à população




  • Não manipular nem recolher aves mortas ou moribundas.

  • Adquirir aves somente em casas agropecuárias devidamente autorizadas.

  • Comunicar imediatamente o Serviço Veterinário Oficial sobre a ocorrência de aves com sinais respiratórios, neurológicos, digestórios ou alta mortalidade, inclusive em aves silvestres.



Texto: Cassiane Osório/Ascom Seapi

Edição: Vitor Necchi/Secom


Fonte: Secom/Palácio Piratini

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