COLUNISTAS

Securitização capenga e Bolsonaro no banco dos réus 05/09/2025

Pois é, me perguntaram, o que uma coisa teria a ver com a outra? Sei lá, quem sabe nada. Mas no fundo tem a ver sim. Os produtores rurais, em sua grande maioria bolsonaristas que acreditaram no Papai Noel da soja a 200 reais a saca, deram com os “burros n’água”. Sim, porque o preço da soja caiu para menos de 150 reais, os insumos continuaram nas nuvens, os preços das máquinas nas alturas, juros estratosféricos. Bolsonaro perdeu para Ele mesmo e deixou o Lula e sua equipe retomar as rédeas do país e da economia. Para piorar tudo isto, o malucão do Trump se elege presidente dos Estados Unidos e resolve dar uma de “touro baio" (todos conhecem a estória) se achando dono do mundo e o "malhor"... Lá se veio com a maldita taxação de 50% para os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.
A economia virou de ponta cabeça. Quem tinha a ver, se deu mal mesmo e muita gente que nada tem a ver com a taxação, se pregou a gritar e reclamar contra Lula, contra Bolsonaro e seus filhos e contra o “monstro da economia”, o Trump que decidiu excomungar o “Xandão”. Quer o ministro careca no fundo do inferno e o Bolsonaro coroado no céu com o anjo. 
Tudo isto, por incrível que pareça está acontecendo aqui mesmo, no Brasil, cujos ministros do poderoso Lúcifer (STF), estão desde segunda-feira se debulhando em cima de uma denúncia de um golpe que não aconteceu, mas que deverá levar o Bozo (alibabá e mais sete anões) direto para papuda. Isso mesmo, cadeia. Os que  desejam de todo o coração e miolos e não vão sossegar enquanto não arrumarem uma condenação para o Bolsonaro.
E, agora Juzé? Durma-se com um barulho destes? Mas a coisa não termina aí. Calma lá. Estamos em pleno andamento da Expointer, em Esteio, com gente saindo pelos ladrões. E em meio ao povaréu, a proposta de renegociação das dívidas dos produtores gaúchos. Isso mesmo. Proposta e contraproposta. Prazo de oito anos para pagar a dívida, juros de 6 a 10%, com um ano de carência. É uma securitização com perninha de anão, mas entre nada, vamos acertar por aí e vida que segue. 
Paciência, resiliência e vontade de plantar é o que mais tem a gauchada do campo. E, não podemos se entregá pros home, de jeito nenhum.
 
 
AS CHUVAS E ESPERANÇAS DE SETEMBRO. Felizmente cruzamos mais um mês de agosto, tido e havido como o mês do “cachorro loco” e de muitas desgraças, em função de fatos ocorridos há tempos idos.
 
MORTE DO GETULIO, LEGALIDADE E RENÚNCIA DO JÂNIO QUADROS deixaram marcas profundas em nossas lembranças e, por isso, poucos gostam do mês de agosto que, repito, já é passado.
 
O SETEMBRO CHEGOU CHEGANDO com chuvas pelo Estado a fora, incluindo capital, região metropolitana, centro, fronteira e a nossa serra com seus campos transformados em granja. 
 
NA VERDADE, HOUVE UMA GRANDE MOBILIZAÇÃO no campo com preparativos para o plantio, especialmente de milho, cuja área deverá ter sensível incremento, segundo a Emater.
 
EMBORA OS PREÇOS AINDA ESTEJAM BAIXOS grande parte dos granjeiros utiliza o plantio de milho para fazer rotação de cultura e evitar a infestação de pragas na soja, o carro chefe da lavoura gaúcha.
 
ÁREA COM SOJA DEVE DIMINUIR em cerca de 1% segundo dados divulgados no decorrer desta semana, fato que poderá aumentar a produtividade e o total a ser colhido.
 
ARROZ TAMBÉM REDUZ a quantidade de hectares a ser plantada, segundo a entidade que lidera o setor. Com preços abaixo dos custos a esperança são os leilões da CONAB já anunciados.
 
PLANTIO SEM DINHEIRO. É grande grita do setor. Os bancos não estão abrindo o cofre e o jeito foi mesmo plantar sem dinheiro, com recursos próprios, confiando no futuro.
 
SÓ UMA GRANDE SAFRA NOS SALVA. Foi o que ouvi de vários produtores rurais da região, todos persistentes, querendo continuar plantando, embora com extremas dificuldades, com muita economia, redução de custos e rezando para não quebrar nenhuma máquina plantadeira.
 
NA ECONOMIA E NA SORTE esperando que tudo aconteça dentro das previsões, mesmo porque, plantar é assim ir a riscos de aumentar a conta devedora, o saldo negativo...
 
SALVE-SE QUEM PUDER. Todos os anos é a mesma coisa. Dificuldades de toda a ordem e grandes riscos para a agricultura, uma indústria a céu aberto.
 
SEMANA DA PÁTRIA MEXE COM A MOCIDADE. Embora sem desfiles, a programação cívica das escolas públicas e particulares chama muita atenção para os valores de nossa Pátria.
 
EMPRÉSTIMO DE 20 MILHÕES aprovado na Câmara de Vereadores dá bem ideia dos investimentos e melhorias na infraestrutura, saneamento e investimentos por parte da administração Morona/Muliterno.
ESPERANÇAS QUE SE RENOVAM no atendimento de obras de saneamento e investimento, especialmente asfaltos em várias ruas da cidade, área industrial, conclusão de ginásio de esportes, revitalização de praças, placas solares e atenção ao Loteamento Popular
 
RESUMINDO: MUITAS OBRAS EM PROL DA COMUNIDADE com os recursos a serem conseguidos através de empréstimo autorizado pelo Legislativo. Só investimentos, nada de gastos no custeio da máquina.
 
AGORA É ACOMPANHAR AS OBRAS DO DISTRITO INDUSTRIAL. Chegam em boa hora, dentro do planejamento estabelecido, ainda em campanha.
 
GARANTIA DE OBRAS NÃO SEREM PARALISADAS. Mesmo com reduções na arrecadação, o que vem sendo anunciado pelos municípios e Estado, diante das dificuldades que o RS enfrenta.
 
OBRAS NO LAJEADO estão enroscadas num cabelinho de sapo (ou seria um sapo enterrado na água santa? Dá no que pensar. A prefeita Marizete Rauta perdeu a conta de quantos vezes lhe prometeram concluir o asfalto. E, ainda não.
 
AGORA SÓ FALTA A CAMADA PRETA de asfalto mesmo, a camada base, britada está concluída, permitindo fluxo normal nas imediações do Lajeado dos Ivos, onde a ponte velha balança com o peso das Jamantas. 
 
BALANÇA MAS NÃO CAI pelo menos por mais alguns anos. O projeto para uma ponte nova deve ser uma próxima luta comunitária regional, na RS-461 asfaltada e bonita.

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