COLUNISTAS
O povo brasileiro tem medo de vacina 06/062025
Mudanças neste mundo velho acontecem em grande escala neste princípio de milênio, todavia, muitas situações e inovações, mesmo aquelas propostas pela natureza, não sofreram inovações. Continuam como antes. Veja, com a chegada do outono e a proximidade do inverno, tradicionalmente as temperaturas tendem a baixar.
Essas temperaturas baixas quase sempre chegam acompanhadas de umidade, fenômeno que acaba favorecendo a proliferação de vírus. Dessa situação surgem casos de gripe e síndrome respiratória aguda grave, cada vez mais agressiva, de difícil contensão, causa maior da saturação de vagas hospitalares.
Exatamente por isso, é alarmante a ausência de vagas nos hospitais, em face da grande quantidade de pessoas afetadas por doenças respiratórias, que atinge a população do Estado. Todos os anos essa situação de agravo se repete. Não são poucas as críticas da imprensa, de opositores políticos, aos prefeitos, deputados e ao governador.
Essa música é tocada todos os anos com a chegada das baixas temperaturas. Trata-se de problema grave e de difícil resolução. Mas não podemos esquecer que os hospitais são os mesmos de décadas, não surgem novas casas de saúde capazes de amenizar a perigosa e ameaçadora situação.
Nesse passo, em curto prazo não vai haver modificações. Além do mais, o aumento da população não pode ser esquecido, por que é fator que eleva ainda mais o arrocho nos hospitais. Logo, é fácil identificar que a soma dessas situações é a raiz dos males da saúde.
Outro ponto que não pode ser esquecido, talvez o maior dessa cadeia, é o fato de que a população, ou parte dela, não procura se vacinar, mesmo estando à disposição. Aliás, sobre isso, Estudo sobre Consciência Vacinal no Brasil, revelou que o medo e a desinformação impactam a percepção da população brasileira quanto à segurança e eficácia das vacinas.
Coisa séria, visto que é provado que ao se vacinar o indivíduo treina o corpo para se proteger de várias doenças, inclusive as virais. Palavra da ciência. Lembrando que quem não se vacina coloca em perigo a saúde dos outros. Pense nesse tema.
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DE OLHO NA FAIXA PRESIDENCIAL - Lula disse na Paraíba que “Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu seria presidente”. Não foi piada. Nem metáfora. Foi uma tentativa descarada de transformar política de Estado em milagre pessoal. Agora, além de sindicalista e metalúrgico, Lula se vê como uma espécie de Moisés nordestino com verba do PAC, em vez de um cajado. Assim escreveu Gabriel S. Wainer, em ZH. De notar que o presidente Lula, em mais uma viagem pela Europa, certamente com o avião lotado, tá demais. Flutua em suas manifestações públicas com ares de demagogia. E tem mais, agora voltou a lançar considerações sobre a guerra na Palestina, sem poupar críticas veladas à Israel. Críticas, aliás, de cunho pessoal, divorciadas da posição da maioria dos brasileiros. Esse é assunto delicado e que exige cautela nas opiniões, sob pena de criar um impasse nas relações Brasil e Israel.
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O INVERNO - Ainda não começou no calendário, mas, ao invadir o outono, dá mostras do que vem por aí em matéria de frio, umidade e doenças respiratórias. Nesse momento quem cumpriu o calendários vacinal leva vantagem ao trancar a porta para males virais. Então todo cuidado, porque a estação fria pode atrapalhar a vida do povo. Por aqui, hospital cheio e bom atendimento. É para essa turma que vai o nosso abraço, sem esquecer o Cedil - diagnóstico por imagem - onde atuam as dinâmicas e atenciosas Edinara, Gabrieli e Viviane. É gente que lê a Folha.