COLUNISTAS

26/09/2025

ATO EMBLEMÁTICO
  Foi assim na quarta-feira, dia 24 de setembro. Ocorreu a inauguração de uma área verde, lagoa e uma praça de lazer no bairro Ernani Dias de Moraes. Por que um ato emblemático? Porque simbolizou a recuperação, a revitalização, o resgate de um lugar histórico de Lagoa Vermelha. Um local que marcou profundamente gerações de nossa gente. Era uma grande área de lazer. Campo aberto, uma enorme lagoa, gramado nas cercanias, sombra agradável propiciada pela mata nas imediações. Não havia estrutura. Tudo ao natural. Não existiam casas nas imediações. Era um dos locais mais frequentados. Um presente da natureza. As pessoas aproveitavam para nadar, pescar lambari ou desfrutar de uma deliciosa sombra e de uma brisa refrescante quando as temperaturas se apresentavam mais elevadas. 
 
ATÉ QUE...
O proprietário daquela área no passado era o saudoso Demétrio Dias de Morais, figura lendária de Lagoa Vermelha. Daí, a denominação de “Lagoa do Seu Demétrio”. A grande maioria dos frequentadores era jovem. O lugar era bonito, espaçoso, aprazível, convidativo. Convívio com a natureza. Um dos pontos mais frequentados de Lagoa Vermelha. Não raras vezes, escolas do município realizavam piqueniques naquele lugar.  
Todavia, aquele espaço privilegiado que a natureza nos deu veio a perder, de certa forma, o encanto, devido a uma tragédia. Um jovem, filho de família tradicional de Lagoa Vermelha, acabou morrendo afogado numa tarde de domingo. A partir dali, houve um certo esvaziamento daquela área. Depois tivemos a construção de casas residenciais. Transformou-se num loteamento, estrangulando a lagoa e o espaço que existiam. A lagoa acabou desaparecendo, sendo tomada pelo mato, por um lodaçal e até por esgoto. Administração municipal recuperou aquele local. Não tem a mesma dimensão de antigamente, mas ficou bonito. Foi o resgate de um passado que marcou na vida do município. 
 
INVERSÃO DE PAPÉIS
Num gesto de criatividade, prefeito Eloir Morona surpreendeu a todos quando da inauguração da praça do bairro Ernani Dias de Morais. Tomou o microfone de nossas mãos e disse: “Hoje eu vou te entrevistar, Ademar”. E assim o fez. Foi no sentido de que resgatássemos a história da “Lagoa do Seu Demétrio”. Afinal, embora adolescente, vivemos na plenitude aquele período.
 
SANGUESSUGAS
Vereador Luiz Carlos Kramer disse que também frequentou a “Lagoa do Seu Demétrio” quando jovem. Quem não frequentou? Ao ser entrevistado, lembrou dos sanguessugas que existiam em profusão na lagoa. Quem demorasse um pouco na água, saía cheio de sanguessugas. Chupavam sangue. E não era fácil retirá-los.
 
UM SHOW A PARTE
Bombeiros mirins de Lagoa Vermelha encantaram no desfile de 20 de setembro. Deram um show. Impressionaram a todos. Algo comovente. Arrancaram aplausos do público. Fantástico o trabalho do soldado Guedes e da soldado Godinho!
 
SAÍNDO DO PAPEL
É o que está acontecendo com o Centro Dia, lar que acolherá idosos durante o dia. As obras eram para começar na segunda-feira, porém devido à chuva houve protelação. 
- Assim que sair o sol, as obras começam - prometeu Luiz Andrighe, diretor do departamento técnico da secretaria municipal do Planejamento na segunda-feira. 
Na terça-feira, o sol estava a pleno. Diante disso, se deduz que as obras começaram.   Recursos são do Estado (cerca de 1 milhão de reais) com a contrapartida do município. 
 
ZEROU TUDO
Buscamos informações acerca da Unidade Básica de Saúde do bairro São Sebastião a ser construída na antiga área da Cintea. Tomamos conhecimento de que as obras começaram. No entanto, foram suspensas. Teria ocorrido rompimento de contrato com a empresa que realizava o serviço e lançada nova licitação. Luiz Andrighe confirmou.
- Sim, basicamente foi isso que aconteceu. Tivemos que zerar tudo e começar tudo de novo. Já foi feita a licitação. Já foi para o Planejamento para análise da documentação das empresas. E isso já está sendo feito. Tendo uma empresa habilitada, logo assinaremos o contrato para dar a ordem de início. 
 
INTERCORRÊNCIAS
- Essa empresa anterior chegou a dar início às obras da Unidade Básica de Saúde do bairro São Sebastião? - perguntamos.
- Fez alguns serviços preliminares. Mas, tivemos algumas intercorrências que nos obrigaram a ir pelo caminho da rescisão contratual e abertura de um novo processo licitatório. Entendeu-se de que haveria necessidade de uma nova licitação - relatou Andrighe. 
 
PARQUE DA LAGOA
Com relação ao Parque da Lagoa, junto à lagoa que deu origem ao nome do município, já tem empresa vencedora da licitação? 
- Em relação à licitação do Parque da Lagoa, é importante pontuar que serão duas fases. Estamos licitando a primeira fase - informou Luiz Andrighe. 
- E há necessidade de duas licitações? - interrompemos.
- Sim, depois para a segunda etapa. A gente tem um recurso que cabe nessa primeira fase. E para a segunda fase, a gente não dispõe de recurso. No momento, a gente está fazendo a licitação da primeira fase. E aguardando a Fepam nos dar a licença ambiental do Parque da Lagoa.  Temos que apresentar a licença junto à Caixa Econômica Federal para ela nos autorizar o início de obra. O dinheiro já está depositado, o município já dispõe desse recurso. Mas em virtude de não termos o licenciamento ambiental ainda, nós não podemos dar início às obras. 
Em se tratando de Fepam, tudo é muito demorado. Sei lá se mudou. Entretanto, município acredita que o licenciamento deve sair logo. Tomara.
 
CONFIRMOU
Conforme informamos na coluna anterior, Rômulo da Silva assumiu como novo diretor do Campus da UPF de Lagoa Vermelha. Concomitantemente dirige o Ceclea até o final do ano. Já concorreu a prefeito de Lagoa Vermelha, onde, diante das circunstâncias, até que fez uma boa votação. E aí nos vem à lembrança a primeira entrevista de Rômulo. Era bem jovem e fazia parte do Léo Clube. Embora “gurizote” - e sendo a primeira entrevista - mostrou-se muito bem articulado. Chamou a atenção. Baseado nessa “amostragem”, preconizei de que estávamos diante de uma futura liderança em nossa comunidade. Acabou se confirmando. 
 
A MALDIÇÃO DA FAIXA PRESIDENCIAL
- Desde a redemocratização, ocupar a cadeira mais alta do país virou quase aquele roteiro de filme com final previsível.
Começa com a comemoração da vitória e promessas de mudanças, mas termina em cassação, algemas ou, no mínimo, uma visita aos tribunais.
A estatística é clara. Há 40 anos, quando o país tornou uma democracia, mais de 60% dos presidentes tiveram algum tipo de condenação na justiça.
Dois já dormiram atrás das grades e o terceiro está a caminho. O impeachment não é tão excepcional assim por aqui (2 de 8).
O Brasil virou democracia em 1985 e, de lá pra cá, tivemos 8 presidentes diferentes.
Desses, somente 3 conseguiram sair de cena com a reputação intacta, ou seja, sem nenhum tipo de problema com a justiça.
Juridicamente, apenas Sarney, Itamar e FHC entraram e saíram com a reputação intacta. O restante enfrentou processo judicial, delações premiadas ou viraram caso de estudo sobre como arruinar o próprio legado.
Texto do tenente Emilio Teixeira.

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