COLUNISTAS

12/09/2025

INAUGURAÇÃO MARCA DE POLÊMICA
A chegada da Rede Bristot a Lagoa Vermelha, com inauguração prevista para o dia 13 de setembro, amanhã, ganhou repercussão antes mesmo da abertura oficial. O proprietário, Alexandre Bristot, publicou um vídeo nas redes sociais em que agradece o acolhimento da comunidade, mas, ao mesmo tempo, dispara duras críticas ao sindicato local. O discurso provocou debate e levanta reflexões sobre o ambiente de negócios no município.
 
DEMOCRACIA EM XEQUE
Em tom de indignação, Bristot afirmou que, diferentemente de outras cidades onde a rede atua, em Lagoa Vermelha não existe liberdade para empreender e garantir que os colaboradores escolham trabalhar aos finais de semana.
A democracia inclui o direito de escolher, e isso vale também para quem deseja trabalhar. Quando se impõem barreiras que não existem em outros municípios, a cidade passa a carregar a imagem de atraso e restrição.
 
NA JUSTIÇA PARA TRABALHAR
O empresário relatou que, para operar aos sábados à tarde e domingos, foi necessário ingressar com ações judiciais contra o sindicato.
Quando a Justiça precisa ser acionada para viabilizar atividades corriqueiras, o ambiente se torna hostil ao investimento. Isso cria insegurança jurídica e pode afastar novos empreendimentos que buscam locais mais receptivos.
 
SALÁRIO DE FOME
Bristot também criticou a política salarial definida pelo sindicato, chamando-a de insuficiente. Segundo ele, a rede Bristot garante ganhos maiores por meio de comissões, horas extras e bonificações, prática que teria sido bem aceita pelos colaboradores.
Muitas vezes, os pisos salariais não refletem a valorização real do trabalhador. Modelos mais flexíveis e com meritocracia incentivam a produtividade e asseguram melhores condições de vida.
 
FALTA DE ACOLHIMENTO
O empresário frisou que, em sua trajetória de expansão, sempre encontrou acolhimento, mas que em Lagoa Vermelha a situação foi diferente.
Esse é um alerta importante. A hospitalidade ao empreendedor é fator determinante para a atração de investimentos. Quando uma cidade se mostra resistente, pode comprometer seu futuro econômico.
 
O FUTURO EM DISCUSSÃO
No encerramento do vídeo, Bristot questionou se, com tantas barreiras, será possível atrair empreendimentos de maior porte ao município.
A provocação resume a discussão. Grandes investimentos exigem um ambiente favorável, sem entraves desnecessários. Se Lagoa Vermelha almeja crescimento, precisa refletir sobre como está tratando quem chega disposto a acreditar na cidade.
 
POSIÇÃO DO SINDICOMERCIÁRIOS
A discussão sobre a abertura do comércio aos domingos em Lagoa Vermelha ganhou novos capítulos. Após a manifestação do empresário Alexandre Bristot, que defendeu a possibilidade de funcionamento de sua empresa também aos domingos, o Sindicomerciários rebateu as declarações.
Em entrevista à Tua Rádio Cacique, a presidente do sindicato, Jaciele Klaus, afirmou que a entidade não é contra a abertura das lojas, mas sim contra a obrigatoriedade de funcionários trabalharem aos domingos. “O proprietário pode muito bem abrir e atender. O que não aceitamos é que o trabalhador perca o convívio com a família, já que a folga na semana não se compara a um domingo ao lado de filhos e cônjuges”, destacou.
Jaciele também classificou como “equivocada” a fala de que os trabalhadores receberiam mais por atuar aos domingos. Segundo ela, desde a reforma trabalhista de 2017, o domingo deixou de ser considerado hora extra com 100% de adicional.
Questionada sobre os efeitos econômicos da medida, a presidente foi enfática: “Se for para abrir comércio aos domingos, que abram também bancos, prefeituras e creches. O trabalhador não pode ser o único a pagar essa conta”.
O tema segue repercutindo fortemente na cidade e promete gerar debates entre empresários, trabalhadores e a comunidade nos próximos dias, tornando-se um dos assuntos mais discutidos no cenário local.
 
 
A FORÇA DA UNIÃO REGIONAL
A programação da Feira Regional do Livro e Cultura mostra que, quando municípios se unem em torno da educação e da cultura, o resultado vai além do esperado. A integração de Lagoa Vermelha, Caseiros, Capão Bonito do Sul e Muliterno dá um novo significado ao evento, ampliando horizontes e fortalecendo a identidade regional.
 
UM SONHO TRANSFORMADO 
EM REALIDADE
O prefeito Eloir Morona foi enfático ao afirmar que a feira era um sonho antigo que agora se concretiza. Em sua fala, ressaltou que a iniciativa prova ser possível realizar grandes projetos mesmo em tempos de dificuldades financeiras, quando há criatividade, dedicação e trabalho coletivo.
 
CULTURA QUE VAI ALÉM DOS LIVROS
O secretário de Educação, Cultura e Desporto, Carlos Henrique Bombassaro Júnior, lembrou que a feira não pode ser vista apenas como espaço de leitura e escrita. Para ele, a edição de 2025 valoriza também a dança, a música, o teatro e as diferentes expressões artísticas que dialogam com a literatura. Ao afirmar que “a feira é cultura em sua essência mais ampla”, reforçou a importância de proporcionar experiências que toquem crianças, jovens e adultos em múltiplas linguagens.
 
CASEIROS NA PRIMEIRA PARTICIPAÇÃO
A prefeita de Caseiros, Joelice Canali, destacou a importância de o município integrar pela primeira vez a Feira Regional do Livro e Cultura. Em sua fala, ressaltou o orgulho do convite e a expectativa de levar um público interessado, especialmente crianças, que terão a oportunidade de conhecer de perto autores e obras capazes de despertar vocações. Para Joelice, a feira representa “um espaço de inspiração, onde pode nascer uma nova geração de leitores e escritores que carregarão para a vida o gosto pela cultura e pelo conhecimento”.
 
CAPÃO BONITO 
DO SUL E O 
ORGULHO DA 
INTEGRAÇÃO
A prefeita de Capão Bonito do Sul, Marizete Rauta, reforçou em sua fala o valor da união dos municípios em torno da Feira Regional do Livro e Cultura. Para ela, o evento vai além das páginas literárias, pois “quando falamos em Feira do Livro, falamos de conhecimento e imaginação. Mas quando unimos municípios em torno de um objetivo comum, agregamos ainda mais valor às nossas crianças e jovens, despertando neles o gosto pela leitura e pelo aprendizado que levarão para a vida toda”. A presença de Capão Bonito do Sul simboliza não apenas participação, mas a certeza de que a integração regional fortalece identidades e amplia horizontes culturais.
PATRONO DA FEIRA DO LIVRO: 
DIREITA REAGE
O músico e escritor Duca Leindecker foi anunciado como patrono da Feira do Livro de Lagoa Vermelha 2025. A escolha, feita pela organização do evento, rapidamente gerou repercussão no município.
Um movimento político de direita local divulgou uma moção de repúdio, alegando que a decisão não reflete os valores, princípios e expectativas de significativa parte da comunidade. No documento, é solicitado que futuras escolhas de patronos sejam conduzidas de forma mais transparente, democrática e com maior participação popular, de modo a assegurar que o homenageado represente verdadeiramente a comunidade.
Nos bastidores, comenta-se que a nota teria surgido junto a integrantes do Partido Liberal (PL), o que acabou gerando mal-estar político dentro da própria base governista. A manifestação circulou intensamente em grupos de WhatsApp que reúnem lideranças e membros ligados ao governo municipal, chegando até esta coluna.
Ao final, ao que parece, a autoria da moção foi abafada, mas não sem antes causar frisson nos corredores do poder, expondo fissuras internas e abrindo espaço para novas discussões políticas em torno da Feira do Livro. Em conversas com lideranças expressivas do PP e do PL, ficou claro que todos, de certa forma, já estavam sabendo da nota: alguns demonstraram indignação, outros receberam a informação com naturalidade, sem maiores reações.
 
A UNIÃO COMO FORÇA MOTRIZ
O lançamento da Expo Ibiraiaras 2025 deixou claro que o verdadeiro diferencial do evento está na união da comunidade, do poder público e do setor empresarial. Quando CDL, Legislativo e Executivo caminham juntos, o resultado é sempre positivo. Essa sintonia é o combustível que transforma a feira em vitrine de desenvolvimento regional.
 
O COMÉRCIO COMO PROTAGONISTA
Entre tantos aspectos ressaltados nas manifestações, um merece destaque especial: o protagonismo do comércio local. Como disse o prefeito Joel Cristianetti, “o verdadeiro show da Expo é o comércio”. A criatividade e a ousadia dos empreendedores ibiraiarenses são a garantia de que a Expo não é apenas uma feira, mas um marco de identidade e de projeção para o futuro.
 
 
O DISCURSO DO OTIMISMO
A fala do prefeito de Ibiraiaras, Joel Cristianetti foi marcada por otimismo e confiança no poder transformador da Expo. Ao afirmar que “mesmo sem pavilhões o comércio já garantiria o sucesso”, ele sublinhou a criatividade e a vitalidade da comunidade de Ibiraiaras. É um discurso que vai além do evento em si, pois valoriza a essência do empreendedor local como motor de desenvolvimento.
 
TURISMO COMO NOVO HORIZONTE
Outro ponto importante do prefeito de Ibiraiaras foi a ênfase no turismo, especialmente o rural, como alternativa estratégica diante da nova realidade econômica e tributária. Ao integrar a Expo a esse horizonte, Cristianetti sinaliza que Ibiraiaras pode diversificar suas fontes de crescimento, fortalecendo não apenas o comércio e a indústria, mas também o setor de serviços e a identidade cultural do município.

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