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Piquete 35 e seus 40 anos de trajetória 12/09/2025

Tudo aquilo que se faz por hábito vira costume. Assim considerado, podemos afirmar que esse costume se transmite, ao longo do tempo, de forma oral ou escrita, passando de geração para geração, formando a tradição de uma localidade ou região. Que nada mais que a cultura dessa região. Lembrando que a cultura corresponde a um conjunto de hábitos do povo, envolvendo a arte, a gastronomia e o conhecimento.
Lagoa Vermelha é privilegiada nesse campo, com várias que firmaram tradição e muito têm representado nossa terra. Hoje, fico com Associação Cultural e Tradicionalista Piquete 35, que está comemorando seus 40 anos de existência neste mês. A simpática entidade que, com persistência e dedicação, conseguiu transformar as cavalgadas em arma poderosa para carregar um dos símbolos do nosso Estado: a Chama Crioula.
Não é demais afirmar que o pequeno grupo é pioneiro em cavalgadas e abriu caminho para que o esporte fosse difundido Brasil a fora. Quando escrevi a História das Cavalgadas do 35, por ocasião do Jubileu 25 anos, recebemos inúmeras manifestações de grupos de São Paulo e Minas Gerais, curiosos e ansiosos por informações sobre a prática desse esporte.
Durante estes 40 anos o grupo percorreu o município em todos os seus limites, o Estado de ponta a ponta, Santa Catarina e o Uruguaia, desfraldando a bandeira do município, sua história e informações sobre suas potencialidades, além de participar ativamente dos grandes momentos da comunidade.  
Poderia escrever muito sobre essa tradicional entidade, porém o espaço é limitado. Mas um novo livro narrando mais histórias está chegando e logo estará na praça. Então, é tempo de comemorar aniversário do grupo, do qual tenho a honra de pertencer, afinal, o Piquete 35 é uma marca de Lagoa Vermelha reconhecida culturalmente. E o que mais me encanta nessa história é a oportunidade que nos foi dada de fortalecer a vivências e poder desfrutar a natureza no lombo de nossos inseparáveis cavalos, percorrendo caminhos, cultivando tradições e fazendo amizades.
 
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O JULGADOR - Se vivo fosse, Rui Barbosa teria “chiliques” ao ver o comportamento dos juízes da mais alta corte do país nos últimos tempos. Sim, porque eles adoram espetáculo e mídia. Diria com certeza, que o homem que exerce as funções de juiz jamais será parte, se assim fizer deixa de ser juiz. Para o jornalista Sérgio Becker, “juízes da alta corte se tornaram militantes políticos, dão entrevista sobre tudo, seus familiares atuam em escritórios, que fazem nebulosas transações. O julgamento se tornou um espetáculo popular televisivo. Tudo para dar a impressão que está sendo feita justiça, que, no entanto, deixou de ser praticada e é apenas uma estátua de pedra”. Verdade, é fundamental que o juiz se baseie apenas nas provas do processo e não seja influenciado por opiniões pessoais ou preconceitos. Juiz só fala nos autos.
 
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O SHOW DO FUX - O Ministro Luiz Fux deu verdadeira aula ao contrariar o Relator, o todo poderoso Alexandre de Morais, tanto nos autos do processo, mas, principalmente do verdadeiro Direito. Um espetáculo de aula. Certamente não evitará a condenação dos acusados, mas que foi um voto espetacular, foi. Pois é, e por aqui quem está dando show é o Ibira Futsal. Com excelente campanha tanto no campeonato estadual como na Copa dos Pampas, anima e projeta a próspera comunidade de Ibiraiaras. Boa sorte e um abraço da coluna, afinal, em Ibiraiaras também tem gente que lê Folha.   

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