COLUNISTAS
É tempo de jejum espiritual 18/04/2025
Mesmo viajando tenho o compromisso de trazer a apreciação dos amigos que prestigiam este espaço matéria para esta coluna. Se é difícil quando temos tempo, imagine viajando, com a cabeça longe da “paróquia”. Mas é assim, o jornal não pode parar. Desse modo, quando a Folha rodar, sexta-feira, já estaremos em pleno feriado de Páscoa. E é sobre ela que começo escrevendo.
A Páscoa, especialmente a Sexta-Feira da Paixão, me lembra tempos de criança. Nessa época havia um respeito muito grande no âmbito familiar. Fazíamos orações, enquanto jogos e brincadeiras eram proibidos. Não havia barulho, tudo era silêncio. As pessoas se comunicavam em tom moderado, sem castigar as cordas vocais.
Quando estudante, no velho Ginásio Duque de Caxias, éramos dispensados para passar a Páscoa exclusivamente com a família. Normalmente nossa concentração era na Fazenda Marmeleiro, território de Passo Fundo, naquele tempo. Fazíamos caminhadas, hoje conhecidas como trilhas, e o almoço era no mato, a beira do riacho, em lugar muito limpo e gramado. As águas eram transparentes, correntes e sem poluição, verdadeira delícia para aplacar a sede. De fundo, orquestra da passarada em canto.
O almoço? Bem, o almoço era composto de sardinha, pão e café. Dom Rodolfo preparava garfos de galhos de ‘guamirim’ de forma artesanal e abria as latinhas de sardinha com a faca, enquanto mamãe preparava a mesa (uma toalha sobre a grama) e fatiava o pão. Um mini piquenique, digamos.
No sábado meu avô chegava com os tios e primos, pilotando seu possante caminhão International. Um churrasco sem muita fantasia e gasosa para a piazada formava o almoço. Éramos felizes, muito felizes, porque vivíamos em família. Família que dava suporte para costumes bem guardados, onde educação e respeito eram fundamentais.
Era assim. Mais adiante aprendi que Páscoa significa “passagem”, em hebraico, e mais tarde passou a ser celebrada como renascimento de Jesus, ou seja, a passagem Dele deste mundo. Por isso, a Páscoa simboliza para nós renovação, renascimento, e sendo assim, época de repensar a vida, renová-la e refletir. Portanto, Páscoa não é somente ovos de chocolate e coelhinhos.
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PROMESSAS - Observando as inserções de partidos durante a programação noturna das TVs - verdadeira invasão nos lares - nota-se a facilidade com que os políticos, principalmente em períodos pré-eleitorais, encontram soluções para os problemas enfrentados pela população. Impressiona mais ainda o fato de que, via de regra, a população, no calor de debate eleitoral, acaba se envolvendo com seus candidatos preferidos e passa a acreditar nos empolgados discursos. Prometer soluções para tudo vem sendo, ao longo dos anos, a grande estratégia dos políticos. Não importa saber se as soluções apontadas são viáveis ou se existe recursos disponíveis. Importa sim prometer e falar ao povo o que eles querem ouvir. Teremos em outubro eleições para presidente, governador, deputados e senadores. Oficialmente a campanha ainda não começou, mas é importante estar alerta para esse fato desde agora, com o objetivo de sugerir a população que discuta mais questões e soluções comprometidas com os interesses da Pátria.
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A PARTIR DE JULHO - Boletos vencidos, independentes de valor, poderão ser pagos em qualquer banco. Aguardemos para ver. E o abraço desta semana vai para D. Alba Vialli, Volcinei e Jéssica Belio. É gente que lê a Folha.