COLUNISTAS

100 DIAS DE GOVERNO: UM NOVO MOMENTO 

O governo municipal de Eloir Morona (PP) completa seus cem primeiros dias à frente do Executivo. Em breve, a administração deverá apresentar oficialmente uma prestação de contas, destacando as principais realizações do período inicial. O gesto reforça o compromisso com a transparência e o respeito ao cidadão lagoense.

 

AVALIAÇÃO POSITIVA DE UM ESTILO PONDERADO E PARTICIPATIVO

A avaliação do prefeito Morona neste primeiro trimestre é amplamente positiva. Sua postura tem sido marcada pela escuta atenta à comunidade, receptividade às demandas dos diversos setores e um relacionamento harmonioso com o Legislativo. Ponderado e objetivo, imprime um ritmo estável à máquina pública, demonstrando liderança discreta, porém eficaz. Seguindo a tendência de diálogo e equilíbrio, Morona sinaliza que sua gestão poderá, de fato, marcar uma nova época na história administrativa do município.

 

NOVO ESTILO DE GOVERNAR: A IDENTIDADE DE MORONA

Ao assumir o comando do Executivo, Eloir Morona (PP) carregava consigo o legado de ter sido um dos principais secretários do governo Gustavo Bonotto, onde atuou com destaque na área da Saúde. Sua ascensão foi vista, inicialmente, como uma continuidade administrativa. No entanto, os primeiros cem dias de governo indicam que Morona tem procurado afirmar uma marca própria, distante de qualquer dependência política ou estilística do seu antecessor.

Discreto, técnico e pragmático, o atual prefeito vem adotando um modelo de gestão mais focado no diálogo transversal com os setores da sociedade, na descentralização de decisões e na construção de consensos. Sua condução é menos marcada pela exposição pública e mais orientada pela efetividade das ações. Isso não significa ruptura com o ciclo anterior - ao contrário, há uma continuidade institucional evidente -, mas sim a construção de uma nova linguagem de governar, com nuances próprias e com foco em resultados.

Aos poucos, Morona vai consolidando sua identidade política e administrativa, revelando que, embora fruto de uma engrenagem partidária sólida, possui visão própria, independência de condução e sensibilidade para interpretar os novos tempos. O tempo mostrará o alcance de sua proposta, mas já é possível afirmar: Lagoa Vermelha está sob a liderança de um gestor que busca escrever sua própria história, sem amarras e com o olhar voltado para o futuro.

 

SECRETARIADO EM OBSERVAÇÃO: ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Logo no início de seu mandato, o prefeito Eloir Morona foi claro ao afirmar que o secretariado estaria em constante avaliação. Passados os cem primeiros dias, é natural supor que o chefe do Executivo já tenha uma percepção consolidada sobre o desempenho de cada pasta. A atual composição conta com nomes indicados por partidos da base, como PP, PL, Podemos e PSD. Se haverá substituições ou a manutenção integral do quadro, apenas o tempo dirá. No entanto, até aqui, a administração segue em bom ritmo, sem sinais de desgastes internos ou impasses operacionais. A tendência, ao menos por ora, é de continuidade. Caso ocorram alterações, devem se restringir a ajustes pontuais e naturais dentro do jogo político.

 

AÇÃO CONJUNTA: O PAPEL DA CÂMARA NESTE NOVO CICLO

A Câmara de Vereadores também encerra seu primeiro trimestre de atuação nesta legislatura. Com ampla maioria situacionista - composta por PP, PL e Podemos - a sintonia entre os parlamentares da base e o Executivo tem sido um fator essencial para a fluidez dos projetos e encaminhamentos. A governabilidade se mostra sólida, o que contribui diretamente para o bom andamento das políticas públicas. A expectativa é de que essa coesão continue favorecendo avanços em diferentes áreas.

 

OPOSIÇÃO ATENTA: PRESENÇA MARCANTE DE PAULA CASTILHOS

Embora a base governista detenha maioria confortável na Câmara de Vereadores, a oposição também começa a se destacar. O PDT e o PT exercem papel de fiscalização ativa e crítica construtiva. Neste cenário, chama a atenção a atuação da vereadora Paula Castilhos (PT), que se posiciona com firmeza e protagonismo. Sua presença se faz notada tanto nos debates parlamentares quanto na mídia local e nas visitas frequentes aos bairros. Com forte ligação com as pautas sociais, Paula tem se revelado uma grata surpresa feminina no Legislativo, ocupando espaço com autenticidade e dedicação. Ao que tudo indica, está apenas começando a mostrar a que veio.

 

ALESSANDRO MULITERNO: VICE-PREFEITO PRESENTE E ATUANTE

O vice-prefeito Alessandro Muliterno (Podemos), que acumula também a função de secretário-geral de governo, tem exercido um papel de protagonismo discreto, mas relevante. Jovem, atento e articulado, Alessandro demonstra dinamismo e habilidade política. Sua presença constante nos bastidores e nos encaminhamentos internos da administração reforça a solidez da gestão. Observador e técnico, soma ao projeto encabeçado por Morona uma visão moderna de administração pública.

 

CENÁRIO ESTADUAL: EDUARDO LEITE, 2026 E OS MOVIMENTOS POLÍTICOS

No cenário estadual, o governador Eduardo Leite (PSDB) mantém em aberto a possibilidade de disputar a Presidência da República em 2026. No entanto, fontes dos bastidores não descartam uma eventual candidatura ao Senado. Leite já articula seu sucessor e demonstra apoio ao atual vice, Gabriel Souza (MDB), como nome natural à sucessão no Palácio Piratini. Mudanças no secretariado são esperadas para os próximos dias. Por ora, Ronaldo Santini (Podemos) permanece à frente da Secretaria Estadual do Turismo, mantendo o Norte do Estado com representatividade estratégica no governo estadual.

 

FUTURO POLÍTICO DE RONALDO SANTINI

Com a proximidade das articulações eleitorais de 2026, cresce a expectativa em torno do futuro político de Ronaldo Santini (Podemos), atual secretário estadual do Turismo. Seu nome figura entre os possíveis candidatos a deputado estadual - cargo que já ocupou com destaque - ou até mesmo como postulante à Câmara Federal. Independentemente da escolha, Santini já demonstrou, na prática, o quanto sua atuação política tem impacto direto em Lagoa Vermelha e região. Recursos, projetos e ações concretas comprovam sua relevância e mantêm acesa a atenção em torno de seus próximos passos no tabuleiro eleitoral.

 

MIQUEIAS GUADAGNIN E A POLÍTICA EM TOM MODERADO

Ao avaliar os primeiros 100 dias como vice-prefeito de Capão Bonito do Sul, Miqueias Guadagnin (PDT) não apenas apresentou um balanço técnico da gestão, como também lançou luz sobre a forma com que enxerga a política em seus diversos níveis. Jovem, articulado e presente no dia a dia da administração, Miqueias tem se mostrado uma liderança que busca a construção e o equilíbrio, em contraste com o ambiente de polarização que marca o atual cenário brasileiro.

Durante entrevista ao Folha News, conduzida por este colunista, Miqueias expôs com clareza sua visão de mundo e de partido. Ao falar sobre o espectro ideológico, foi direto: “O extremismo não traz benefícios nenhum, nem para a direita e nem para a esquerda”. A frase resume bem o tom com que o vice-prefeito tem atuado desde que assumiu a vice-prefeitura ao lado da prefeita Marizete Rauta (MDB). Em vez de trincheiras ideológicas, opta por pontes administrativas. Em vez de discursos acalorados, defende resultados concretos e diálogo com todas as esferas.

 

PDT EM BUSCA DE IDENTIDADE SÓLIDA E ATUAÇÃO PROTAGONISTA

Ao ser questionado sobre o papel do Partido Democrático Trabalhista no atual contexto político, Miqueias reconheceu que o PDT atravessa um momento de reconstrução. Com lucidez, afirmou que o partido já teve momentos mais à direita e outros mais à esquerda, mas que agora busca firmar uma identidade própria, com base na moderação, na responsabilidade e no compromisso com a democracia social.

“A ideia do PDT é sempre buscar estar no meio, nem tanto à direita nem tanto à esquerda, mas sim buscar entendimento com as demais lideranças. Acredito que o partido deve se estruturar, ampliar sua base e buscar maior representação na Assembleia Legislativa”, disse.

Em relação ao futuro da sigla no Rio Grande do Sul, Miqueias mencionou o nome da deputada estadual Juliana Brizola como uma das possibilidades cogitadas nos bastidores para compor uma futura chapa majoritária ao governo do Estado. Sem anunciar definições, deixou claro que há movimentação interna e que o partido terá papel relevante nas eleições que se avizinham.

 

CAPTAÇÃO DE RECURSOS E PRESENÇA POLÍTICA REGIONAL

O vice-prefeito também revelou articulações em curso junto a parlamentares de seu partido, como o deputado federal Pompeo de Mattos, com quem já alinhou a destinação de emenda de R$ 250 mil para a aquisição de equipamentos voltados à agricultura local. Outro nome que vem colaborando com a gestão municipal é o secretário de Estado Gilmar Sossella, com quem há diálogo permanente para projetos de qualificação profissional e outras ações voltadas para o desenvolvimento.

A postura de Miqueias é de quem compreende que a boa política se faz com resultados, credibilidade e presença nos espaços de decisão. Em vez de se limitar aos limites do gabinete, ele projeta Capão Bonito do Sul para além da região.

 

JUVENTUDE, RESPONSABILIDADE E FUTURO

Líder jovem, que ingressou no serviço público aos 22 anos, Miqueias tem consciência de sua trajetória e das expectativas que carrega. Ao ser perguntado sobre projetos políticos futuros, como uma possível candidatura à Assembleia Legislativa ou à Prefeitura no futuro, foi sereno: “Hoje estamos focados em fazer uma gestão com zelo, planejamento e ética. O futuro a Deus pertence. Mas se o partido, e a população, entenderem que é o momento, estaremos preparados”. A frase resume a forma com que vem conduzindo sua participação no governo: com responsabilidade e senso de dever público.

 

ENTRE A TÉCNICA E A POLÍTICA, O VICE-PREFEITO QUE ESCUTA E ENTREGA

Neste início de gestão, ficou evidente que Miqueias Guadagnin não é um vice-prefeito figurativo. Está presente diariamente no Executivo, dialogando com secretarias, acompanhando projetos e ouvindo as demandas da comunidade. Ao mesmo tempo em que exerce uma função política, atua com perfil técnico, o que tem contribuído para o bom andamento da administração. É, sem dúvida, um nome a ser observado com atenção nos próximos capítulos da política regional.