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Chama Crioula da Convenção Tradicionalista será levada ao Cristo Protetor 04/04/2025

No dia 1º de abril, a Chama Crioula da Convenção Tradicionalista será acesa no CTG Marciano Brum, em Soledade, e partirá a cavalo rumo ao Cristo Protetor, em Encantado, para participar da cerimônia de inauguração do monumento, marcada para o dia 6 de abril.
A condução da Chama Crioula será realizada por cavaleiros da Ordem dos Cavaleiros do Rio Grande do Sul (ORCAV) e da 24ª Região Tradicionalista, sob a coordenação do diretor da ordem, Airto Timm e do vice-diretor da entidade, Davi Musskopff.  A chegada da cavalgada ao Cristo Protetor está prevista para o dia 5 de abril. 
O acendimento da Chama Crioula em Soledade contará com a participação especial do músico e compositor João Luiz Corrêa, filho ilustre da cidade. Ele irá interpretar o Hino-Riograndense e, em seguida, participar de um trecho da cavalgada rumo ao Cristo Protetor.
“A iniciativa reforça o laço entre o tradicionalismo gaúcho e este novo marco histórico-cultural, simbolizando a fé e a identidade do povo do Rio Grande do Sul”, afirma vice-presidente de Cavalgadas do MTG, Márcio Dávila. 
A centelha permanecerá acesa em Encantado  até a Convenção Tradicionalista do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), que acontecerá nos dias 12 e 13 de abril.
Não é a primeira vez que a tradição gaúcha homenageia este monumento que se tornou um símbolo do Rio Grande do Sul e do Brasil. Em 2021, durante a pandemia, a distribuição da Chama Crioula na 24ª Região Tradicionalista ocorreu diretamente do complexo turístico, que ainda estava em construção.
 
** As missões jesuíticas foram uma estratégia da Coroa Espanhola para colonizar a América. Os povoados seguiam o modelo urbano espanhol, composto de praça, igreja, colégio, oficinas, hospitais, hortas e moinhos. Eram administrados por padres da Companhia de Jesus, enquanto a maioria dos habitantes eram indígenas. 
Os nativos eram instruídos a abandonar seu modo de vida nômade, poligâmico e politeísta.
As missões não foram exclusivas no Rio Grande do Sul: estavam presentes em toda América Espanhola. Paraguai, Bolívia, Peru, Argentina, México, Califórnia, Florida, Texas são exemplos de locais que comportaram missões jesuíticas.
No século 17, várias missões foram fundadas no atual oeste brasileiro, território espanhol.
Em 1682, foi fundada a 1º Missão no Rio Grande do Sul: São Borja. Até 1707, surgiriam outras 6 missões, São Luís Gonzaga, São Nicolau, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São João Batista e Santo Ângelo Custódio.
Os territórios formavam os 7 Povos da Missões, parte da Província Jesuítica do Paraguai. As comunidades constantemente entravam em conflitos com bandeirantes que raptavam indígenas para trabalho escravizado. Somado a isso, militares portugueses atacavam e reivindicavam as áreas.
Enquanto muitas missões estabeleceram um modo de vida pacífico, outras terminaram em conflitos. As comunidades não eram totalmente autossustentáveis, dependendo de outras vilas ao seu redor.
Em 1750, o Tratado de Madrid reconheceu boa parte da América do Sul como território português, mas muitas missões jesuíticas não concordaram com a decisão. 
Mesmo com os espanhóis retirando suas tropas, guaranis liderados por Sepé Tiaraju promoveram a Guerra Guaranítica em 1753. O conflito resultou em mais de 20 mil indígenas mortos ao longo de 3 anos por portugueses e espanhóis. 
Em 1759, os jesuítas foram expulsos da América Espanhola, tornando as missões desabitadas. Uma curiosidade, é que se acreditava que a igreja de São Miguel das Missões possuía duas torres, não uma.
Essa confusão surgiu porque o plano original possuía duas torres, mas alterado para uma apenas - padrão das igrejas das missionárias. Fonte: Grupo de Divulgação de Estudos.

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