COLUNISTAS
Não existe idade para envelhecer 04/04/2025
É comum pessoas perguntarem com quantos anos de idade somos considerados velhos. Podemos afirmar que não existe um tempo pré-determinado, a velhice chega ao natural e varia de pessoa para pessoa, é uma realidade e não tem como dela fugir. Vai depender muito da qualidade de vida de cada indivíduo.
Segundo estudiosos, algumas situações definem a velhice como se fosse um termômetro, entre elas o metabolismo, que fica mais lento; o enfraquecimento da estrutura óssea; alterações do sono; a visão e audição diminuem; as rugas se aceleram, e a mobilidade paulatinamente se torna mais lenta.
Esse conjunto de situações, entre outros, indica que a velhice chega com a transformação física, mental e de saúde. Por outro lado, cientistas da Universidade de Stanford dividiram esse processo da velhice em três etapas: dos 30 aos 60 anos, classificam como a idade adulta; dos 60 aos 70 como a maturidade tardia, e a partir dos 70 anos, chega a velhice.
Não penso assim, a vida continua depois dos 80 anos. A história registra exemplo de pessoas que após cruzarem essa idade prosseguiram produzindo obras notáveis, como é o caso de Goethe, Kant, Verdi, por exemplo. Aqui mesmo somos testemunhas de pessoas com mais de 90 anos dispostas e lúcidas. E não são poucas.
É importante saber que a velhice começa da infância, e não quando completamos 60 anos. Aliás, a modernidade criou um critério injusto ao afirmar que a partir dos 60 anos uma pessoa é idosa. É certo que nessa idade o indivíduo perde alguns reflexos e velocidade, mas não está acabado para afazeres cotidianos.
Cada um tem a idade que sente ter. Em verdade essa história de idade e velhice é como a metáfora da semana: Começamos devagar, na segunda-feira a infância, e com ela a curiosidade de como tudo será. Quando nos damos conta é quarta-feira, metade da semana, ou a meia idade. Tempo para fazer muito, gastar a energia. O fim de semana ainda está longe. Porém, quando percebemos chega o fim dela, tempo da velhice.
Como você nasce caminhando para o fim, é fundamental alguns cuidados ao longo da vida, como exercícios físicos, boa alimentação, bons hábitos e muita alegria. De resto é como disse o incrível Quintana: “Ninguém pode estar da flor da idade, mas cada um pode estar na flor da sua idade”.
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FOGO APAGADO - Na fazenda Boqueirão, município de São Sepé, existiu um fogo de chão aceso há mais de 200 anos, alimentado por toras de madeira de lei, chamadas de guarda-fogo. A história conta que o fogo foi aceso por um índio Charrua ou por um escravo e mantido ao longo do tempo devido dificuldades de se fazer fogueiras, e, posteriormente, como forma de ver-se mantidos os caprichos do patrão. A chama ardia constantemente num galpão com estrutura de 1818, tornando-se centro de romarias nativistas de tradicionalistas. Pois agora esse fogo não existe mais, foi apagado. Hoje os tempos são outros, só ficou a história.
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CONVITE - Desde o início da fundação da Associação dos Poetas e Escritores de Lagoa Vermelha - APELV - venho sendo assediado para fazer parte do movimento. Não aceitei em função de dificuldades para marcar presença, porém, em visita oficial da diretoria, esta semana, acabei aceitando. É uma honra poder cooperar com a cultura de nossa terra, adiantando que até o final do ano estaremos lançando mais um livro na praça. Dito isso, encerramos com um abraço para as amigas Laila, designer e empresária e Cristine Nunes, bacharelanda em Ciências Jurídicas e Sociais. É gente jovem que lê a Folha.